O Portimonense, que atinge esta temporada a 20.ª presença na I Liga portuguesa de futebol, vai continuar a ter a manutenção como grande objetivo, embora a administração da SAD sonhe com as competições europeias.
“O primeiro objetivo é a manutenção. Depois de conseguido esse objetivo, é seguir em frente e ver no final se a pontuação nos dá oportunidade de conseguir chegar à Europa”, projetou o presidente do conselho de administração, Rodiney Sampaio, no primeiro dia da pré-época.
Desde o regresso à I Liga, em 2017/18, a SAD, detida em maioria pelo empresário Theodoro Fonseca, foi criando as infraestruturas consideradas necessárias para poder repetir a presença europeia de 1985/86 (Taça UEFA).
A estabilidade no banco é outra imagem de marca do emblema de Portimão, ao manter Paulo Sérgio: à segunda jornada, o português de 54 anos tornar-se-á mesmo o treinador do Portimonense com mais jogos no primeiro escalão, ultrapassando Vítor Oliveira, o ‘homem do leme’ na qualificação europeia em 1984/85.
Em relação ao plantel, o Portimonense assegurou, para já, nove jogadores, a maioria dos quais para o setor defensivo: quatro laterais – Zié Ouattara (ex-Vitória de Guimarães), Pastor (ex-Leixões), Seck (ex-Leixões) e Gonçalo Costa (ex-Sporting B) – e o central Vinicius (ex-Azuriz FC, Brasil).
Chegaram ainda o médio Klismahn (ex-Alverca), o extremo Rui Gomes (ex-Sporting da Covilhã) e os pontas de lança Bryan Rochéz (ex-Nacional) e Yago (ex-União de Santarém).
Transitam da última temporada os guarda-redes Samuel Portugal, Payam e Nakamura, os defesas Moufi, Willyan, Filipe Relvas, Pedrão e Lazaar, os médios Pedro Sá, Henrique Jocú, Paulo Estrela, Ewerton, Carlinhos, Luquinha e Bruno Reis e os avançados Fabrício, Welinton Júnior, Anderson Oliveira, Sapara, Kim e Ricardo Matos, registando-se ainda o regresso de dois jogadores emprestados ao Sporting da Covilhã, o guarda-redes Léo Navacchio e o médio Felipe Dini.
Entre os titulares da época passada, além de Lucas Fernandes – que tinha saído em abril –, os algarvios perderam também os emprestados Angulo e Nakajima – até final do mercado, o médio japonês poderá voltar a ser opção –, enquanto Carlinhos estará ausente por longo período a recuperar de lesão grave.
O Portimonense, que na pré-época somou quatro vitórias, um empate e quatro derrotas, estreia-se na I Liga no domingo, com a receção ao Boavista.
Treze dos 18 clubes ‘repetem’ treinadores
Treze das 18 equipas participantes na edição 2022/23 da I Liga portuguesa de futebol vão arrancar a prova com os treinadores que fecharam a época anterior, num lote com 17 portugueses a apenas um estrangeiro.
O alemão Roger Schmidt, contratado ao PSV Eindhoven – que orientou em 2020/21 e 2021/22 – para substituir Nélson Veríssimo no Benfica, é o único forasteiro, e o primeiro na Luz desde o espanhol Quique Flores (2008/09), e também o único estreante.
Roger Schmidt, de 55 anos, já passou por clubes como o Salzburgo (2012/13 e 2013/14) ou o Bayer Leverkusen (2014/15 a 2016/17) e vai orientar uma das cinco formações que mudaram de técnico.
Os ‘encarnados’, terceiros nas duas últimas épocas, serão a única equipa que muda pelos resultados negativos, ao contrário de Sporting de Braga, quarto em 2021/22, Gil Vicente, quinto, Vitória de Guimarães, sexto, e Estoril Praia, nono.
Carlos Carvalhal, nos bracarenses, e Bruno Pinheiro, nos ‘canarinhos’, acharam por bem terminarem o ciclo, sendo substituídos por Artur Jorge e pelo ex-benfiquista Nélson Veríssimo, respetivamente.
Por seu lado, o Gil Vicente perdeu Ricardo Soares para os egípcios do Al-Ahly e apostou em Ivo Vieira, enquanto Pepa não se entendeu, em termos de filosofia, com a direção do Vitória de Guimarães e foi substituído por Moreno Teixeira.
De resto, as restantes formações, a grande maioria (72,2%), optou por manter o técnico com que encerrou a temporada 2021/22, que, em cinco clubes, não foi o que começou.
Mário Silva (Santa Clara), Rui Pedro Silva (Famalicão), Vasco Seabra (Marítimo), César Peixoto (Paços de Ferreira) e Petit (Boavista) – neste último caso um regresso, pois já tinha estado no Bessa entre 2012/13 e 2015/16 – entraram com a época 2021/22 a decorrer e viram os seus ‘passaportes’ revalidados.
Os cinco técnicos vão, assim, para a segunda temporada seguida nos clubes que comandam, tal como Luís Freire, que foi a aposta ganha do Rio Ave – título da II Liga – para desfazer o ‘equívoco’ que foi a descida em 2020/21 ao segundo escalão.
Dos 18 técnicos, o mais ‘veterano’, no que respeita a permanência ininterrupta no mesmo conjunto, é o campeão Sérgio Conceição, que vai orientar o FC Porto pela sexta temporada, à procura do quarto título, depois de 2017/18, 2019/20 e 2021/22.
Por seu lado, Rúben Amorim (Sporting), Paulo Sérgio (Portimonense) e Álvaro Pacheco (Vizela) estão a preparar a quarta temporada consecutiva e Armando Evangelista (Arouca) e os promovidos Filipe Martins (Casa Pia) e Vítor Campelos (Desportivo de Chaves) a terceira.