Paços de Ferreira e Portimonense prolongaram hoje as séries sem vencer na I Liga portuguesa de futebol, ao empatarem 1-1 no jogo da 21.ª jornada disputado no Estádio Capital do Móvel.
O Paços de Ferreira, que somou o quinto jogo sem ganhar e o quarto empatado, foi o primeiro a marcar, graças a um golo na própria baliza de Lucas Possignolo, aos 15 minutos, mas o Portimonense, que desperdi uma grande punição por Anderson Oliveira , empatou, aos 90+1, por Welinton Júnior.
Os algarvios quebraram o ciclo de duas derrotas seguidas no campeonato, mas contam sete jogos sem vencer, subindo provisoriamente ao oitavo lugar, com 26 pontos, enquanto os pacenses seguem no 12.º posto, com 21.
Portimonense resgata empate nos descontos em tarde de André Ferreira
Um golo de Wellinton, nos descontos, garantiu hoje um merecido empate 1-1 ao Portimonense em Paços de Ferreira, na 21.ª jornada da I Liga de futebol, num jogo em que os algarvios desperdiçaram uma grande penalidade.
O Paços adiantou-se através de um autogolo de Lucas Possignolo, aos 15 minutos, mas o Portimonense logrou chegar ao empate no primeiro de seis minutos de descontos, pelo estreante Wellinton Júnior, depois de várias tentativas que esbarraram no guarda-redes André Ferreira, a figura maior do jogo, inclusive ao defender uma grande penalidade de Anderson, ainda na primeira parte.
O empate premeia o querer dos algarvios, sobretudo no segundo tempo, e castiga (de alguma forma) o bom futebol dos locais, melhores na maior parte do tempo, permitindo ao Portimonense isolar-se provisoriamente no oitavo lugar, com 26 pontos, enquanto o Paços é 12.º, com 21.
O Paços, com Maracás e Lucas Silva a titulares, num ‘onze’ com os centrais trocados e Delgado novamente a recuar para o lugar de defesa direito, começou por assumir as despesas do jogo, conseguindo manter o Portimonense, sem vencer há oito jogos, seis deles para o campeonato, no seu meio campo.
A estratégia de César Peixoto saiu favorecida com o golo aos 15 minutos, uma infelicidade do central ‘algarvio’ Lucas Possignolo na sequência de um canto de Antunes, após uma joelhada que levou a bola à sua própria baliza, e melhor ficou depois de André Ferreira adivinhar o lado do remate de Anderson Oliveira da marca da grande penalidade, aos 25 minutos, após falta que o próprio brasileiro sofreu de Antunes na área pacense.
Este lance moralizou os locais, mais tranquilos a trocarem a bola, por vezes com nota artística, num registo que quase valeu mais dois golos até ao intervalo.
Nuno Santos só não marcou aos 34 minutos devido a um corte providencial de Pedrão e Lucas Silva, nos descontos do primeiro tempo, errou por pouco a baliza, num remate cruzado feito na pequena área.
A segunda parte trouxe um Portimonense mais agressivo e ambicioso, com outra mobilidade no ataque, a partir de um ligeiro recuo de Nakajima, mas os algarvios voltaram a encontrar uma forte oposição em André Ferreira, quatro vezes decisivo a negar o empate, a remates de Ricardo Matos, um dos quatro estreantes entre os forasteiros, Lucas, Carlinhos e Nakajima.
Embora mais apertado na defesa, o Paços nunca abdicou de atacar e também teve oportunidades claras para voltar a marcar, ficando na retina os remates de Lucas Silva e de Koffi, este já nos descontos e depois do merecido tento do Portimonense, por Wellinton Júnior, aos 90+1, a desviar na pequena área um livre de Lucas Fernandes.
Declarações dos treinadores
– César Peixoto (Treinador do Paços de Ferreira): “A equipa foi mais agressiva, que era um dos objetivos, e criámos mais oportunidades do que nos outros jogos anteriores, mesmo sem decidirmos da melhor maneira.
O Portimonense teve um penálti e, em rigor, é muito forte fora de casa.
Falta-nos ainda uma melhor gestão com bola, respirar mais com bola. Faltou a bola entrar, mas é uma questão de tempo. Quero agradecer aos adeptos que estiveram em massa e saíram daqui percebendo que os jogadores deram tudo”.
– Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Seria uma frustração muito grande fazer esta viagem sem qualquer ponto na bagagem. Foi um jogo difícil, em que facilitamos num lance de bola parada. A partir daí fomos à procura do prejuízo, frente a um Paços de qualidade, que nos criou algumas dificuldades. Tivemos boas oportunidade para marcar, mas o guarda-redes do Paços exibiu-se a um grande nível.
Refrescámos peças na segunda parte, com várias estreias e muita juventude, fomos paulatinamente criando situações de perigo e, felizmente, conseguimos concretizar uma delas, sendo mais um ponto nesta caminhada que se espera dura e difícil”.
Jogo no Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira
Paços de Ferreira – Portimonense, 1-1
Ao intervalo: 1-0
Marcadores:
1-0, Lucas Possignolo, 15 minutos (na própria baliza).
1-1, Wellinton Júnior, 90+1.
Equipas:
– Paços de Ferreira: André Ferreira, Juan Delgado, Maracás, Marco Baixinho, Antunes, Luiz Carlos, Rui Pires (Adrian Butzke, 77), Lucas Silva (Ibrahim, 77), Nuno Santos, Uilton (Hélder Ferreira, 67), e Denilson Júnior (Koffi, 77).
(Suplentes: Igor Vekic, Fernando Fonseca, Luís Bastos, Nuno Lima, Diaby, Ibrahim, Hélder Ferreira, Koffi e Adrian Butzke).
Treinador: César Peixoto.
– Portimonense: Samuel Portugal, Dacosta (Sana Gomes, 46), Pedrão, Willyan (Lucas Fernandes, 82), Lucas Possignolo, Ewerton (Sapara, 61), Carlinhos (Wellinton Júnior, 74), Anderson Oliveira (Luquinha, 74), Nakajima, Ivan Ângulo e Ricardo Matos.
(Suplentes: Kosuke Nakamura, Sana Gomes, Henrique Jocú, Lucas Fernandes, Luquinha, Bruno Reis, Aponzá, Sapara e Wellinton Júnior).
Treinador: Paulo Sérgio.
Árbitro: Luís Godinho (AF Évora).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Lucas Possignolo (22), Nuno Santos (41), Juan Delgado (60), Sapara (68), Antunes (84), Luquinha (85), Luiz Carlos (88) e Wellinton Júnior (90+) 8).
Assistência: 2.243 espetadores.