O Mafra, da II Liga, venceu hoje na visita ao primodivisionário Portimonense, por 4-2, nos quartos de final da Taça de Portugal em futebol, enfrentando agora o Tondela, num duelo entre duas equipas pela primeira vez nas ‘meias’.
Em Portimão, o Mafra marcou por Rodrigo Martins, aos quatro minutos, Gui Ferreira, aos 15, de grande penalidade, Pedro Lucas, aos 36, e Bura, aos 72, também de penálti, enquanto Nakajima, aos 31, e Aylton Boa Morte, aos 90+1, marcaram os tentos da equipa de Portimão.
Nas meias-finais, que se disputam a duas mãos, o Mafra, a única equipa dos escalões inferiores ainda em prova, vai defrontar o Tondela, enquanto o Sporting e o FC Porto vão disputar o outro lugar na final.
Mafra surpreende Portimonense
O Mafra, da II Liga de futebol, Faro assumiu o papel de grande ‘tomba-gigantes’ da actual Taça de Portugal, batendo o Portimonense (4-2) na casa do clube primodivisionário para atingir as meias-finais da prova.
No jogo dos ‘quartos’, um equipamento orientado por Ricardo Sousa fez uma primeira parte de alto nível, saindo para o intervalo a vencer por 3-1, com golos de Rodrigo Martins (04 minutos), Gui Ferreira (16, de pena) e Pedro Lucas (36) e resposta de Nakajima (31) pelo meio.
No, o central Bura, grandes penalidades (71), alterados definitivamente nos segundos ‘meias’ enquanto ‘meias’, já de grande morte, nos segundos 9 (90).
Com o sonho do Jamor em aberto, o Mafra, semifinalista da prova que não milita no principal escalão e cuja presença nos ‘quartos’ já era inédita, vai agora encontrar o Tondela, em dois jogos que vão definir o único adversário de Sporting ou FC Porto na final da Taça.
Os forasteiros surpreendem o Portimonense com o golo inaugural logo aos quatro lados de Rodrigo, num minuto contra-ataque de Rodrigo Martins, que pegou na bola e até perto de perto ao lado sem oposição, que pegou na bola quase ao lado sem oposição a um remate sem hipóteses para Payam.
Apesar de Nakajima ter respondido logo a seguir com um remate ao post (seis minutos), a vantagem deu confiança ao Mafra, que mostrou uma atitude descomplexada e muita dinâmica, perante um sobranceiro Portimonense.
Aos 2-0, após a falta de Pedrão sobre Aparidade de alto ritmo, com as oportunidades de início das primeiras por Rodrigo Martins (24) e Aylton Boa Morte (24), aos 24 de fevereiro Nakaji reduzir, com um ‘t’ de fora da área após livreiroma estudado (31).
O Portimonense tentou chegar-se mais à frente, mas continua a mostrar a permissividade defensiva: Angulo perdeu a bola para Tomás Domingos e o lateral cruzou a preceito para o cabeceamento de Pedro Lucas’nas costas’ de Willyan (36).
Paulo Sérgio alterou duas mudanças para tentar mudar o boato dos acontecimentos, embora a segunda oportunidade tenha ocorrido por Gui Ferreira, que ‘sentou’ um confronto e rematou de Payam (46).
Apesar das mudanças e de ter maior posse de bola, o Portimonense passou largos momentos do segundo tempo sem criar perigo, perante um Mafra mais confortável a guardar a vantagem e que, aos 71 minutos, ‘matou’ o jogo, por Bura, penálti .
Até o final, mas só nos permitiram (por Aylton, mas só nos surpreenderam), sem morte de evitar um resultado surpreendente1.
Declarações
Declarações após o jogo Portimonense-Mafra (2-4), dos quartos de final da Taça de Portugal de futebol, disputado hoje no Estádio Municipal de Portimão:
Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Correu muito mal. Estávamos avisados para a qualidade do Mafra e até entrámos bastante bem no jogo, a jogar com muita dinâmica.
O Mafra, na primeira bola de perigo, que nós defendemos muito mal, faz golo. A seguir, nós complicamos e acontece o penálti. Ainda reduzimos, mas consentimos outra vez facilmente um terceiro golo. Isto complica muito.
O Mafra esteve muito confortável na partida, é uma equipa muito dinâmica, bem trabalhada, com miúdos com muita qualidade. O Mafra teve muita eficácia. Nós, na primeira parte, temos quatro bolas de golo, mas não concretizámos.
Tínhamos esperança e expetativa de inverter as coisas na segunda parte. Fomos fazendo tudo nesse sentido, mas o Mafra, com a vantagem que tinha, baixou as linhas e impediu-nos de atacar melhor. De qualquer forma, também não tivemos muito acerto nem muita qualidade no que fomos fazendo. E ainda há outro penálti, mas vou escusar-me de comentar penáltis, já chega.
Custa muito, embora tenhamos feito uma prestação na Taça a que o Portimonense não está habituado, chegar a esta fase tão adiantada. Tínhamos expetativas de poder prosseguir e estamos frustrados, estamos tristes. Parabéns ao Mafra pelo resultado.”
Ricardo Sousa (treinador do Mafra): “Nós vínhamos com a lição bem estudada. Sabíamos que íamos defrontar uma bela equipa, muito bem orientada. Tenho um respeito muito grande pelo treinador do Portimonense, que está a fazer um excelente trabalho, mas nós temos as nossas armas.
Sabíamos que não íamos alterar nada do nosso processo. Temos um processo desde a primeira zona de construção e não vínhamos aqui jogar com o ‘autocarro’ em frente à baliza, o que pretendíamos era criar muita dificuldade ao Portimonense, agredir a defesa contrária. Conseguimos ter um poderio muito grande, principalmente na gestão e velocidade que demos ao ritmo de jogo.
Conseguimos uma boa vitória. Queríamos continuar a fazer história. O que disse aos jogadores antes do jogo é que não queria que eles, um dia mais tarde, se arrependessem por não terem dado um bocadinho mais do que deviam e eles, em vez de terem dado 200 por cento, deram 300. Fizemos acreditar que não existem impossíveis no futebol, que, independentemente de sermos uma equipa de escalão inferior, temos jogadores de grande qualidade.
A maior parte destes jogadores, há dois ou três anos, estava a disputar o Campeonato de Portugal. E não tenho dúvidas nenhumas de que 10, 11 ou 12 jogadores desta minha equipa, se estivessem na I Liga, jogariam fácil.
Queríamos continuar a fazer história, continuamos a fazer história, ainda não é suficiente. Quero estar no Jamor. Desde que ganhámos em Vila Franca de Xira que disse que queria estar no Jamor e muita gente não acreditava. Temos aqui uma prova inequívoca de que, quando há sonhos, eles podem realizar-se.
Vamos defrontar uma bela equipa, o Tondela. Já ganhei uma Taça como jogador, ao serviço do Beira-Mar, e quero estar no Jamor no final do ano. Para nos ganharem, vão ter de correr muito mais do que nós.
Um dos melhores capitães que já tive o prazer de ter, como jogador, num grande clube, o Jorge Costa, uma vez disse-me que podíamos estar a jogar contra uma equipa com jogadores mais rápidos, mais fortes, mais agressivos, mais tecnicistas, mais tudo, mas que, naquele clube [FC Porto], tínhamos de ter mais coração. E nós estamos a incutir a mística de que neste clube existe um coração muito grande e que não é fácil as equipas conseguirem ombrear connosco, pelo sentido de perseverança e pela lealdade destes jogadores.
Esta não é uma vitória só do plantel, é uma vitória da cidade, pelo número de pessoas que nos tem apoiado, semana atrás de semana. Também acho que não é preciso falar da importância do presidente neste clube, sendo o segundo presidente com mais anos de liderança no futebol profissional. É preciso dar os parabéns a uma pessoa que passa despercebida no meio disto tudo, mas este sucesso também passa por ele. O Quim Zé [José Cristo], independentemente de ser um trabalhador invisível, esta vitória é muito dele, pelas escolhas que tem tido.
Até à meia-noite, vamos festejar este jogo. Depois acabam os festejos e já estaremos a pensar no Estrela da Amadora. A Taça fica lá mais para a frente.”
Jogo no Estádio Municipal de Portimão
Portimonense – Mafra, 2-4
Ao intervalo: 1-3
Marcadores:
0-1, Rodrigo Martins, 04 minutos.
0-2, Gui Ferreira, 16 (grande penalidade).
1-2, Nakajima, 31.
1-3, Pedro Lucas, 36.
1-4, Bura, 71 (grande penalidade).
2-4, Aylton Boa Morte, 90+1.
Equipas:
– Portimonense: Payam, Pedrão (Filipe Relvas, 46), Willyan, Lucas Possignolo, Moufi, Pedro Sá (Renato Júnior, 56), Carlinhos (Ewerton, 46), Nakajima (Lucas Fernandes, 75), Angulo, Aylton Boa Morte e Fabrício (Luquinha, 68).
(Suplentes: Nakamura, Filipe Relvas, Lucas Fernandes, Luquinha, Ewerton, Anderson Oliveira e Renato Júnior).
Treinador: Paulo Sérgio.
– Mafra: Renan, Pedro Pacheco, Bura, Pedro Barcelos, Tomás Domingos, Pedro Aparício, Bruno Silva (Leandrinho, 29), Gui Ferreira (Inácio Miguel, 67), Andrezinho (Dieguinho, 84), Rodrigo Martins (Vítor Gabriel, 84) ) e Pedro Lucas (Wenderson, 67).
(Suplentes: Miguel Santos, Okitokandjo, Leandrinho, Wenderson, Dieguinho, Inácio Miguel e Vítor Gabriel).
Treinador: Ricardo Sousa.
Árbitro: Hélder Malheiro (Lisboa).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Carlinhos (09), Gui Ferreira (31), Willyan (33), Lucas Possignolo (51), Rodrigo Martins (59) e Tomás Domingos (65).
Assistência: 683 espetadores.
Taça de Portugal – Resultados dos quartos de final
Resultados dos quartos de final da Taça de Portugal de futebol, que se disputam até hoje:
QUARTOS DE FINAL:
– Terça-feira, 11 jan:
Jogo 1: Leça (CP) – Sporting (I), 0-4
– Quarta-feira, 12 jan:
Jogo 2: Rio Ave (II) – Tondela (I), 0-0 (0-1 ap)
Jogo 3: Vizela (I)- FC Porto (I), 1-3
– Quinta-feira, 13 jan:
Jogo 4: Portimonense (I) – Mafra (II), 2-4
MEIAS-FINAIS:
1.ª mão (01 a 03 mar):
MF1: Sporting (I) – FC Porto (I)
MF2: Tondela (I) – Mafra (II)
2.ª mão (19 a 21 abr):
MF1: FC Porto – Sporting
MF2: Mafra – Tondela
FINAL:
– Domingo, 22 mai:
Vencedor MF1 – Vencedor MF2