O Clube de Ciclismo de Tavira demarcou-se este domingo do caso de doping pelo qual está a ser investigado Frederico Figueiredo, relacionado com anomalias no passaporte biológico, alegadamente em anos em que o ciclista correu na equipa algarvia.
Em comunicado hoje enviado às redações, a equipa nota que “não só é completamente alheia” a “qualquer violação das normas antidopagem” como “se sente ultrajada e prejudicada por uma tal conduta, vinda de um corredor em quem sempre confiou”, na sequência da sua suspensão provisória conhecida esta semana.
“O Clube de Ciclismo de Tavira foi surpreendido com a notícia de que o seu antigo corredor Frederico Figueiredo está a ser investigado pela Autoridade Antidopagem de Portugal por eventuais irregularidades no seu passaporte biológico, alegadamente ocorridas durante o período em que alinhou pela nossa equipa”, pode ler-se na nota.
Embora diga respeitar “a presunção de inocência” de Figueiredo, esperando que consiga “demonstrar ser falsa a acusação que lhe é feita”, o clube tavirense vinca que “mantém desde sempre uma postura de tolerância zero em relação ao doping”.
O corredor, atualmente com 33 anos, representou o emblema algarvio entre 2017 e 2020, nas primeiras três épocas como Sporting-Tavira e, depois, como Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel.
Na sexta-feira, o vice-campeão da Volta2022 confirmou estar a decorrer um processo relativamente ao seu passaporte biológico, “referente aos anos de 2018, 2019 e possivelmente 2020”.
“Quero realçar que estou tranquilo em relação a todo este processo e acredito na minha integridade e em tudo o que fiz no ciclismo nacional, bem como na minha defesa em relação ao processo que sobre mim incorre. Vamos aguardar o desfecho do mesmo, sobre o qual tenho total confiança em tudo o que fiz e na minha inocência”, acrescenta o corredor.
Vice-campeão da Volta2022, edição em que foi também o ‘rei’ da montanha, e vencedor do Grande Prémio Jornal de Notícias no mês passado, Frederico Figueiredo é um dos principais ciclistas do pelotão nacional, tendo desempenhado um papel determinante na vitória do russo Artem Nych na última edição da Volta a Portugal.
Trepador de referência do ciclismo português, o corredor da Sabgal-Anicolor venceu por três vezes o Grande Prémio Joaquim Agostinho, tendo ainda subido ao lugar mais baixo do pódio da Volta a Portugal em 2020.
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