O Benfica isolou-se este domingo provisoriamente na liderança da I Liga portuguesa de futebol, ao alcançar a 18.ª vitória na competição, com uma goleada por 4-0 na receção ao Portimonense, em jogo da 23.ª jornada.
No Estádio da Luz, em Lisboa, os ‘encarnados’ assinaram todos os golos na segunda parte, através de Rafa (55 e 75 minutos), David Neres (57) e Di María (59), para se isolarem no primeiro posto, ainda que à condição, com 58 pontos.
Os campeões nacionais têm mais três pontos do que o Sporting (55), segundo colocado, que tem menos dois jogos realizados, um dos quais agendado para hoje, com o Rio Ave, enquanto o Portimonense somou o quarto encontro seguido sem vencer na I Liga e é 15.º colocado, com 22 pontos.
Benfica supera Portimonense com quatro minutos ‘diabólicos’
Três golos em quatro minutos ‘diabólicos’ já na segunda parte resolveram o encontro a favor do Benfica, que triunfou por 4-0 na receção ao Portimonense, da 23.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
Rafa, aos 55, Neres, aos 57, e Di María, aos 59, praticamente sentenciaram a partida, antes de o extremo internacional português ‘bisar’, aos 75, e fixar o resultado numa partida de sentido único e com domínio total, mas na qual estava a custar inaugurar o marcador.
O triunfo deixa o Benfica provisoriamente na liderança isolada, com 58 pontos, ficando à espera do Sporting, segundo, com 55, mas com menos dois encontros disputados, ao passo que o Portimonense segue no 15.º posto, com 22, a três dos lugares de descida.
A partida foi marcada por diversas homenagens, com minuto de silêncio antes do jogo em memória de Artur Jorge e Rui Rodrigues, muitos aplausos aos quatro e 87 minutos a António Silva e João Neves, e a volta olímpica do nadador Diogo Ribeiro ao intervalo.
Os dois treinadores promoveram duas alterações cada nas suas equipas, com Aursnes e Kökçü a renderem Morato e Tengstedt no Benfica, enquanto o Portimonense mexeu nas suas alas, com Guga e Gonçalo Costa nos lugares de Igor Formiga e Lucas Ventura.
Roger Schmidt decidiu voltar a apostar num ataque móvel e sem referência ofensiva, o que, às vezes, se notou em cruzamentos para um espaço vazio no interior da área, mas não foi por isso que o Benfica deixou de ter ocasiões flagrantes para abrir o marcador.
Kökçü, aos nove minutos, foi o autor da melhor oportunidade das ‘águias’ na primeira parte, quando, na ‘cara’ do golo, viu o guarda-redes Nakamura a defender por milagre. Otamendi (31) e Di María (45) também obrigaram o japonês a duas intervenções atentas.
Rafa, aos 30 e 36, também tentou a sorte, perante um Portimonense sólido na defesa, mas com muitas dificuldades na construção e na saída a jogar, o que resultou num jogo de sentido único que perdurou para a segunda parte, diferenciada na eficácia lisboeta.
Bastaram quatro minutos ‘à Benfica’ para fazer três golos de uma assentada e resolver o duelo, por intermédio do ‘tridente’ atacante Rafa, Neres e Di María, aos 55, 57 e 59, respetivamente, numa fase em que aproveitaram a subida da linha defensiva algarvia.
Primeiro o português, a concluir um lance de insistência ao surgir livre pela direita e a atirar de trivela para o fundo das redes, o que obrigou o Portimonense a arriscar, mas Kökçü desmarcou Neres, que galgou metros, driblou Nakamura e finalizou com classe.
A ‘avalanche’ ofensiva do clube da Luz ainda não tinha terminado, pois Di María não quis ficar para trás: ainda os adeptos não estavam refeitos dos dois primeiros golos e já estavam a festejar de novo, ao ver o argentino a desviar o grande cruzamento de Rafa.
Com o triunfo mais do que controlado, o Benfica continuou a dominar o encontro, mas a um ritmo mais tranquilo, o suficiente para o quarto tento e o ‘bis’ de Rafa, aos 75, a encostar um lance conduzido pelo suplente Tiago Gouveia e nova assistência de Kökçü.
Declarações após o jogo Benfica-Portimonense (4-0)
– Roger Schmidt (treinador do Benfica): “Fizemos um grande jogo esta noite. O Portimonense é uma boa equipa, muito física e sempre a olhar para contra-ataques. Mostrámos desde o início que queríamos dominar o jogo. Estivemos muito bem com posse de bola, contra um bloco muito compacto. Criámos situações na primeira parte, mas falhámos algumas oportunidades. Na segunda parte, encontrámos soluções, marcámos bons golos num curto período e o jogo ficou decidido. Estou muito contente com a exibição e a atitude dos jogadores.
Jogar no Dragão é sempre um grande desafio. Eles estão muito bem no seu estádio, como vimos contra o Arsenal esta semana. Sabemos que é difícil jogar lá, mas estamos em boa forma e daremos o nosso melhor para praticar um bom futebol e tentar vencer. São jogos sempre especiais, onde podemos ganhar muito nestes jogos, mas o adversário também. Tudo é possível, mas primeiro temos de jogar com o Sporting na Taça de Portugal. Queremos ter confiança em todos os jogos para manter o ambiente.
Primeiro, temos de vencer os jogos. Claro que é possível dar descanso a alguns jogadores no momento certo. Fizemos isso na semana passada, tendo algum balanço. Esperam-nos semanas decisivas e fisicamente estamos numa situação muito boa. Se tivermos sucesso enquanto equipa, ajuda a manter a forma e o bom ambiente”.
– Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Duas realidades e estratégias distintas. A nossa foi eficaz no primeiro tempo, defendemos bem e tivemos uma mão cheia de chegadas perigosas para a área. No segundo tempo, entrámos na mesma toada, mas sofremos um golo e, em quatro minutos, sofremos três e ficámos fora do jogo. É preocupante, porque não é a primeira vez que acontece. Parece que a equipa, depois de sofrer, quer resolver tudo nos 30 segundos imediatos e perde-se posicionamento e organização. É um assunto para falar internamente, pois não se pode ter estes comportamentos.
Temos alternado o esquema em função das nossas necessidades. Com um ataque tão móvel e de tanta qualidade como o do Benfica, era imperativo dar mais alguma segurança à equipa com esse esquema. Demos esses quatro minutos ao Benfica de bandeja, que, com a qualidade que tem, resolveu”.
Jogo realizado no Estádio da Luz, em Lisboa
Benfica – Portimonense, 4-0
Ao intervalo: 0-0
Marcadores:
1-0, Rafa, 55 minutos.
2-0, Neres, 57.
3-0, Di María, 59.
4-0, Rafa, 75.
Equipas:
– Benfica: Trubin, Bah, António Silva (Tomás Araújo, 79), Otamendi, Aursnes, João Neves (Florentino, 66), Kokçu, João Mário (Arthur Cabral, 79), Di María, Rafa (Marcos Leonardo, 89) e David Neres (Tiago Gouveia, 66).
(Suplentes: Samuel Soares, Tomás Araújo, Álvaro Carreras, Morato, Tiago Gouveia, Arthur Cabral, Rollheiser, Florentino e Marcos Leonardo).
Treinador: Roger Schmidt.
– Portimonense: Nakamura, Alemão, Pedrão, Relvas, Guga (Formiga, 80), Carlinhos, Dener (Fukui, 80), Gonçalo Costa (Seck, 69), Hélio Varela, Hildeberto Pereira (Tamble, 69, Rodrigo Martins, 81) e Jasper.
(Suplentes: Vinicius, Mvoué, Fukui, Tamble, Seck, Luan, Formiga, Rodrigo Martins e Alcobia).
Treinador: Paulo Sérgio.
Árbitro: Miguel Nogueira (AF Lisboa).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Hélio Varela (70).
Assistência: 57.201 espetadores.
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