Integrado na Bienal Cultura e Educação “Retrovisor- Uma História do Futuro”, A Marca da Água é um projeto colaborativo entre três artistas urbanos residentes no Algarve (Perigo Público, DJ Gijoe e Gat.uno), que a convite do Teatro das Figuras, desenvolveram um conjunto de Laboratórios de Rimas e Oficinas de Stencil, na Escola Secundária Pinheiro e Rosa, ao longo do 2º período, divulgou a organização em comunicado.
O projeto é em torno da temática da água e os objetivos são:
- Estimular a consciência crítica e criativa.
- Explorar as artes urbanas enquanto ferramenta social.
- Estabelecer um diálogo sobre a água de forma prática.
- Realizar uma apresentação final dos resultados.
“Tal como a água, a palavra é um instrumento primordial de comunicação na relação entre seres humanos, e indispensável para a construção da sociedade. Capazes de transformar, curar, salvar, amar ou odiar, uma única palavra tal como uma só gota de água pode ter mais do que um significado. É bem mais do que uma intenção”, lê-se no comunicado.
Nesse sentido, “houve uma exploração, das suas mais diversas formas e valências, consciencializando para alguns dos problemas, cada vez mais pertinentes e incontornáveis, na nossa sociedade sobretudo na fase da adolescência”.
Os resultados culminaram numa exposição performativa “Rimas Batidas e Stencil”, com alunos de diferentes áreas curriculares, que visou criar um espaço de discussão e reflexão artística que explora diferentes ambientes e texturas.
Desta exposição realizaram-se duas apresentações públicas – uma no dia 28 de março, que se realizou no Teatro das Figuras, e outra no dia 30 de março, na Escola Secundária Pinheiro e Rosa.
No Teatro das Figuras, a exposição ficará patente até dia 21 de abril.
A exposição conta de uma forma metaforizada, a partir do universo líquido, a relação que os alunos têm com a escola e a forma como olham para um sistema de ensino cada vez mais desajustado com as suas expectativas.
Criadas a partir das técnicas de trabalho do artista plástico Gat.uno, nas paredes do foyer do teatro poderão ser encontradas, não apenas, as obras finais que retratam a diferença de posicionamento entre quem ensina e quem aprende, como também, as matrizes de stencil e os materiais utilizados em todo o processo de formação e criação.
A banda sonora da exposição foi também criada pelos alunos, com a orientação de Gijoe e Perigo Público, baseada nas experiências dos próprios alunos. As músicas contam o caminho de reconciliação entre professores e alunos, mostrando os diferentes passos do processo, desde a ruptura à reconciliação.