A obra “Red Book, Lista Vermelha das Atividades Artesanais Algarvias”, da autoria de Graça Maria dos Santos Palma e Susana Calado Martins, é a grande vencedora do Prémio Manuel Gomes Guerreiro, que vai ser entregue no dia 14 de dezembro, às 16:30, na sessão solene do 43º aniversário da Universidade do Algarve, no Grande Auditório Caixa Geral de Depósitos, no Campus de Gambelas.
O júri decidiu ainda atribuir duas menções honrosas às obras “Computational Innovation Studies: Understanding innovation studies through novel scientometric approaches”, de Ana Teresa Martins Sousa Santos, e “Technological Change, Efficiency and Energy”, de Zheng Hou.
Sobre a importância do prémio, Graça Palma e Susana Martins realçam “em primeiro lugar, o mérito próprio de valorizar e partilhar o conhecimento em relação a temáticas tão caras ao Professor Manuel Gomes Guerreiro, como o ambiente, os territórios de interior e a sustentabilidade”.
No caso deste estudo em particular, concretizam “é uma oportunidade para disseminar um trabalho pioneiro no que se refere a um estudo científico sobre o grau de risco que correm as atividades artesanais do Algarve e que, por isso, consideramos ser um instrumento de trabalho fundamental para agir no sentido da sua salvaguarda”.
Para as premiadas “é muito gratificante ver reconhecido um trabalho que vem na sequência de uma intervenção que temos desenvolvido nos últimos nove anos, no âmbito do Projeto TASA, e que nos permitiu ter um contacto muito próximo com uma realidade que há muito defendemos ser necessário conhecer para compreender e desse modo poder salvaguardar”.
Presidido pelo vice-reitor para a investigação e cultura da UAlg, Nuno Bicho, o júri da edição de 2022 é composto por Francisco Louçã, professor catedrático de Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa; Helena Pereira, presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT); Luís Raposo, arqueólogo e presidente do ICOM Europa; Maria do Carmo Fonseca, professora catedrática na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; Maria Eduarda Gonçalves, professora catedrática no ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa; e Zita Vale, professora coordenadora principal do Instituto Superior de Engenharia do Politécnico do Porto.
“Das 19 obras rececionadas não foi nada fácil para o júri decidir”, explica Nuno Bicho
Nuno Bicho, em representação do Júri, explica que das 19 obras rececionadas não foi nada fácil para o júri decidir. “Foi até muito difícil devido à grande qualidade de várias obras apresentadas a concurso”.
Em relação ao prémio, “o júri decidiu atribuí-lo ao trabalho ‘Red Book – Lista Vermelha das Atividades Artesanais do Algarve’ devido à qualidade do trabalho, muito atual e que defende o património cultural da tradição artesanal portuguesa, em particular do Algarve; e também devido ao impacto que poderá ter na região, na preservação das tradições etnográficas, bem como no potencial de desenvolvimento económico que pode advir deste trabalho”, explica Nuno Bicho.
As duas menções honrosas foram atribuídas a dois jovens investigadores pelas suas teses de doutoramento. “Ambas as teses demonstram uma grande qualidade científica, bem como um potencial elevado ao nível do impacto económico e societal. O Júri pensou que seria relevante distinguir estas duas obras de forma a reconhecer a importância dos jovens investigadores no mundo da ciência”.
Depois de dois anos de interregno, devido à pandemia, será agora entregue o prémio da segunda edição. Organizado pela Universidade do Algarve, com o Patrocínio da Câmara Municipal de Faro e da Câmara Municipal de Loulé, irá ser entregue pelas três instituições. Tem um valor pecuniário único de 10 mil euros e destina-se a galardoar uma obra publicada, livro ou tese de doutoramento, que contribua para o desenvolvimento científico numa das áreas de conhecimento da Universidade do Algarve.
Manuel Gomes Guerreiro foi o primeiro reitor da UAlg e uma das mais destacadas figuras do Algarve do século XX, não só como cidadão, mas também como cientista.
Sobre a Universidade do Algarve
A Universidade do Algarve (UAlg) tem atualmente cerca de 9 mil estudantes, 20% dos quais internacionais, oriundos de mais de 84 nacionalidades, onde se destaca o Brasil, país com maior representatividade.
Com 42 anos de existência, aparece pela quinta vez no ranking do Times Higher Education (THE) Young University Rankings 2022, que analisa o desempenho de instituições de ensino superior criadas há 50 anos ou menos, destacando-se no indicador que avalia a projeção internacional.
Este ano volta a integrar a lista das melhores do mundo no Shanghai Ranking’s Global Ranking of Academic Subjects 2022, destacando-se novamente na área de Hospitality & Tourism Management, entre os lugares 76-100, seguindo-se a área de Oceanography, entre os lugares 151-200.
Também integra pela terceira vez o Times Higher Education Impact Rankings, que avalia a nível global o desempenho e contributo das universidades para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas. A UAlg ficou posicionada na posição 201-300 na classificação geral do THE Impact Rankings, de entre 1406 Instituições de Ensino Superior (IES) de 106 países.
A UAlg oferece cursos de formação inicial e pós-graduada, nas suas diversas áreas de formação: Artes, Comunicação e Património; Ciências Sociais e da Educação; Ciências e Tecnologias da Saúde; Ciências Exatas e Naturais; Economia, Gestão e Turismo; Engenharias e Tecnologias.