Chama-se Foodtopia – A Feast of Food & Stories, o festival de comida de rua que vai dar a provar formigas da Amazónia aos lisboetas, e não só. Será nos dias 2 e 3 de julho, no Jardim Botânico Tropical, em Belém, e além do chef brasileiro Alex Atala, responsável pelo D.O.M. em São Paulo, com duas estrelas Michelin, e embaixador do evento, vão ser servidos vários pratos de assinatura e de vários restaurantes considerados instituições da gastronomia tradicional portuguesa.
O conceito do Foodtopia – A Feast of Food & Stories, foi criado pela Amuse Bouche, com o grande apoio do Turismo de Portugal, que convida para este evento alguns dos melhores chefs nacionais e internacionais a partilhar não apenas os seus pratos, como também as narrativas que lhes dão vida. Além do embaixador do evento, Alex Atala, juntam-se no Jardim Botânico Tropical, em Belém Henrique Sá Pessoa do lisboeta ALMA, vencedor do prémio Chef do Ano para o guia Boa Cama Boa Mesa, com duas estrelas Michelin e Garfo de Ouro na mesma edição do guia, e Rui Paula da Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira, igualmente com duas estrelas Michelin e Garfo de Ouro.
De Estremoz vem Michele Marques da Mercearia Gadanha, de Lisboa chega Marlene Vieira do restaurante Zunzum e António Galapito do restaurante Prado, no centro de Lisboa. Ao todo vão ser aproximadamente 50 chefs nacionais e internacionais que irão transpor a sua identidade para um delicioso e inesperado prato de street food, entre propostas de carne, de peixe, vegetarianas, e várias sobremesas.
Mas nem só de fine dining se faz a programação do Foodtopia – A Feast of Food & Stories. Vão estar representadas três das maiores instituições da gastronomia tradicional portuguesa, como a cervejaria Ramiro em Lisboa, o Solar dos Presuntos de Lisboa, Garfo de Prata para o Boa Cama Boa Mesa, com quase 50 anos de história, e ainda o Mugasa da Anadia, com o leitão da Bairrada de Ricardo Nogueira, que recebeu a distinção de Mesa com Mérito na edição deste ano do Boa Cama Boa Mesa.
Além de chefs a representarem a cozinha das várias regiões portuguesas, da costa ao interior, outro dos destaques do cartaz do vai para a forte presença de cozinheiros de algumas das comunidades mais representativas no país, como Moçambique, Guiné-Bissau, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Brasil, Timor-Leste, Goa ou Macau. É o caso de Helt Araújo, um dos mais reconhecidos chefs africanos da atualidade, e de Tony Fox, popularmente conhecido como o “Rei da Cachupa”.
Com o apoio e inserido na programação da Temporada Cruzada Portugal-França 2022, iniciativa que estabelece simbolicamente a ligação entre a presidência rotativa da União Europeia exercida por Portugal e França, o Foodtopia contará ainda diariamente com chefs franceses, alguns, a viver e a trabalhar em Portugal, como Vincent Farges do lisboeta Epur, e outros, vindos de França, como Krishna Léger do Volver, em Serviers-et-Labagne ou o chef nómada francês Jean-Luc Damien-Verdeau.
A mescla de diferentes culturas e geografias não fica, de resto, confinada às propostas gastronómicas. Com mais de 100 anos de história e mais de 600 espécies de origem tropical ou subtropical originárias de vários continentes, o Jardim Botânico Tropical é o local mágico que acolhe o evento, assumindo-se como um dos grandes protagonistas do Foodtopia.
No dia 2 de julho, sábado, as portas do Jardim Botânico Tropical estão abertas entre as 12h e as 23h, enquanto no dia seguinte, 3 de julho, encerram às 22h30. A entrada no recinto custa 10 € (gratuita para crianças até aos 12 anos) e os pratos têm o preço único de 6 €. Os bilhetes estarão à venda em breve, mas é já possível fazer pré-reserva através do site do Foodtopia ou por email.
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