O orçamento dos portugueses para férias subiu 15% este ano, para 1.543 euros, face a 2021, sendo que 79% tem planos para viajar no verão, um crescimento homólogo de 17 pontos percentuais, segundo o barómetro da Europ Assistance.
Num comunicado, a organização deu conta dos resultados do 21.º Barómetro Anual de Férias de Verão da Europ Assistance, realizado em parceria com a IPSOS e que inquiriu em Portugal cerca de mil pessoas.
“O orçamento dos portugueses para as férias de verão deste ano é de 1.543 euros, um aumento de 15% em relação a 2021”, revelou, indicando que “79% dos portugueses tem planos para viajar durante os meses de verão, o que significa uma subida de 17 pontos percentuais face ao ano anterior”.
“Tal como aconteceu na edição de 2021, os portugueses continuam a escolher Portugal como destino preferido, 54%, um aumento de oito pontos percentuais em relação a 2021, mas a procura por destinos fora do país cresceu“, destacou a empresa, acrescentando que “o estrangeiro é agora a preferência de 52% dos portugueses, uma subida de 13 pontos percentuais, com Espanha (24%), França (13%) e Itália (9%) a serem os destinos preferidos”.
Segundo o mesmo estudo, por sua vez, “Portugal é o destino de preferência dos espanhóis e dos franceses”.
No mesmo comunicado, a Europ Assistance revelou que, segundo o barómetro “para os portugueses, o hotel (41%) ou uma casa para arrendar (30%) são os tipos de acomodação mais procurados“, sendo que “o carro (51%) continua a ser o meio de transporte de eleição para viajar”.
No entanto, ressalvou, “a opção pelo avião (41%) como meio de transporte aumentou cerca de 7,0 pontos em relação a 2021”, tendo-se ainda mantido “a preferência por locais perto do mar, sendo estes os preferidos de 58% dos portugueses inquiridos”.
Segundo os resultados do barómetro, “apenas 34% dos portugueses já reservou as suas férias ou parte delas, destacando-se ainda como dos mais exigentes em relação às condições de segurança necessárias para viajar este verão”, sendo que “a higienização dos meios de transporte (45%) e o acesso a informação detalhada sobre a situação epidemiológica e as medidas de saúde pública aplicadas no destino de férias escolhido (33%) são algumas das condições mais valorizadas pelos portugueses para decidirem o local de férias deste verão”.
Por outro lado, “a par da Tailândia e dos EUA, os portugueses (31%) são os cidadãos europeus que mais têm intenções de trabalhar a partir do destino de férias“.
Segundo o barómetro, “os cidadãos europeus (54%) continuam a manifestar preocupação em relação à saúde dos seus familiares e amigos no momento de viajar, nomeadamente os viajantes espanhóis (75%) e portugueses (73%)”, sendo que os “portugueses (71%) são dos mais preocupados com a situação económica”.
O barómetro revela que, em termos globais, “as pessoas estão entusiasmadas pela possibilidade de voltarem a viajar, apesar da inflação e da guerra na Ucrânia, com a primeira a ser destacada pelos inquiridos como a questão que tem mais impacto naquele entusiasmo”.
“Na Europa, o impacto da inflação e o aumento generalizado dos preços destacam-se como o principal motivo para os cidadãos se sentirem mais retraídos quando pensam em viajar, principalmente os que habitam em Portugal (85%), na Polónia (79%), em Espanha (77%) e na Itália (74%)”, de acordo com as conclusões deste trabalho.
Este barómetro foi realizado através de um inquérito online a 15.000 indivíduos (amostras nacionais representativas de 1.000 pessoas por país) na Europa (França, Alemanha, Itália, Áustria, Bélgica, Espanha, Polónia, Portugal, República Checa, Suíça e Reino Unido), na Ásia (Tailândia), na Oceânia (Austrália) e na América do Norte (EUA e Canadá).