A companhia aérea de baixo custo Easyjet quer transformar 2023 num “ano histórico”, ultrapassando uma oferta de 1,1 milhões de lugares, 300 mil dos quais no período de verão a preços acessíveis para a Madeira, foi esta sexta-feira anunciado.
“O nosso número total de lugares na Madeira vai ultrapassar os 1,1 milhões, comparados com 600 mil antes da pandemia, e agora, no período de verão, no segundo semestre, vão ser mais de 300 mil”, afirmou o diretor geral da transportadora, José Lopes, numa conferência de imprensa realizada no Funchal.
O responsável salientou ser “uma oferta ampla, com muitos turistas a virem, a preços acessíveis”, indicando que nesta fase de retoma da procura “é importante continuar a melhorar a relação qualidade/preços”.
José Lopes indicou que o objetivo é ter “mais 50% voos abaixo dos 50 euros” para o aeroporto desta região, mencionando que para março existem tarifas entre os 15 e os 60 euros, o que permite aos passageiros retomarem o “hábito de voar” e regressar aos níveis pré pandémicos.
O responsável indicou que deve haver uma aposta em “destinos como a Madeira, mais afastados de cenários de guerra, mais atraentes”, o que contribui para cativar os passageiros.
Este será um “ano atípico”, sustentou, acrescentando que para a Easyjet, 2023 “vai ser histórico não só em Portugal, mas em particular na Madeira”.
“No caso da Madeira, vamos ter um ano que vamos estar a operar a níveis recorde. No ano passado já tivemos o nosso melhor ano de sempre, ainda em plena pandemia, este ano vamos continuar a reforçar esta nossa capacidade”, reforçou.
O diretor geral mencionou que a nível de capacidade total, a operadora está “a operar agora na Madeira, anualmente mais 80% do que operava antes da pandemia”.
Segundo José Lopes, “este verão, a Easyjet vai operar mais do dobro do que operava no último verão antes da pandemia, com um aumento de 105% da capacidade”.
Também referiu que, ao longo do tempo da pandemia, a Easyjet foi “muitas vezes a companhia nr.1 a nível de passageiros”, mas outro “fator histórico é que vai tornar-se pela primeira vez a companhia número um no Aeroporto da Madeira”.
“Queremos ser a companhia mais amada dos madeirenses”, vincou.
Por seu turno, o secretário regional do Turismo e Cultura falou do “contributo da Easyjet para a Madeira, que não é apenas no conjunto de rotas, nem tão só nas rotas nacionais”.
“É muito importante a oferta que temos hoje ao nível da ligação nacional, e isso tem um efeito direto sobre os residentes”, indicou.
Para Eduardo Jesus, os baixos custos das tarifas constituem “uma alteração fundamental no que era o paradigma” nos últimos cincos anos, quando parecia que os madeirenses “estavam quase que condenados a viajar a 400 e 500 euros”.
“E é este esforço de oferta das companhias que nos permite que aconteça esta prática de tarifas que só vem beneficiar grandemente o residente” e permite um aumento dos visitantes do território continental.
O governante insular recordou que, “em 2022, foram 520 mil pessoas que vieram de Portugal continental passar férias ou se deslocaram à Madeira”, o que representa “sensivelmente o dobro da população da região”.
“Há aqui uma valia muito grande que em dois domínios. Primeiro, para o residente porque está efetivamente a viajar com preços bastante mais baixos do que anteriormente acontecia. Segundo, abre uma porta para que o mercado nacional, um mercado de proximidade, para que possam concretizar as suas férias na Madeira”, argumentou.
Ainda realçou que o turismo para a Madeira significa 29% do Produto Interno Bruto (PIB) e representa 20% da população ativa, sendo “uma indústria que precisa necessariamente deste conforto, sob o ponto de vista do envolvimento dos intervenientes empenhados nesta atividade”.
Eduardo Jesus realçou a importância de estarem “sintonizados relativamente à oferta de lugares”.