Várias semanas volvidas sobre a defesa da tese de doutoramento intitulada Nuno Fernandes de Ataíde, o “nunca esta quedo” – A acção do capitão de Safim no apogeu da presença militar portuguesa em Marrocos, em que o historiador Fernando Pessanha obteve classificação de “sobresaliente”, a Universidade de Huelva, uma vez analisada a votação secreta por parte do júri, veio agora atribuir a classificação máxima Cum Laude ao labor do historiador natural de Vila Real de Santo António e técnico superior de Cultura da Câmara Municipal daquela cidade.
A distinção e louvor atribuídos por unanimidade ao estudo de Fernando Pessanha, investigador que há um ano foi constituído membro correspondente da Academia de Marinha, contou com os votos de Maria Augusta Lima Cruz, docente da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade do Minho, Manuel Fernández Chaves, docente da Universidade de Sevilha e David González Cruz, docente da Universidade de Huelva.
Orientada por Antonio Sánchez González, da Universidade de Huelva, e Vítor Gaspar Rodrigues, da Universidade de Lisboa, a tese de doutoramento de Fernando Pessanha analisa a acção militar, política e estratégica de Nuno Fernandes de Ataíde, alcaide-mor de Alvor e capitão de Safim, numa vasta área do sul de Marrocos, durante o reinado de D. Manuel, mais concretamente, entre 1510 e 1516.
Conhecido entre os seus contemporâneos como o “nunca esta quedo”, o algarvio Nuno Fernandes de Ataíde foi o responsável pela instituição do primeiro protectorado europeu no Norte de África, tendo comandado as armas lusas em campanhas vitoriosas que chegaram às portas da monumental cidade de Marraquexe e ao Grande Atlas.
A tese agora distinguida com o honorífico Cum Laude será publicada no próximo ano de 2024 em editora nacional ainda a anunciar.
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