O Festival Contrapeso regressa a Loulé de 01 a 04 de dezembro com uma programação internacional, principalmente de teatro e de jazz, trazendo ao Algarve 25 artistas de 12 nacionalidades, anunciaram os organizadores.
Segundo comunicado de imprensa da organização, o festival terá sete espetáculos, que incluem seis estreias nacionais, e também haverá “’workshops’ de comédia física, ensaios abertos e uma exposição multimédia”, em vários locais do município de Loulé, no distrito de Faro.
O tema desta segunda edição do festival é “From Paris With Love” (“De Paris com Amor”, na tradução do inglês), que é “inspirado” nas origens dos seus diretores artísticos, Carolina Santos e Marco Martins, que apresentam espetáculos e artistas “com quem se cruzaram quando viviam em Paris, e que, de algum modo, os influenciaram ou inspiraram”.
O Festival Contrapeso arranca a 01 de dezembro com a estreia nacional de “Scotland!” pela companhia britânica The Latebloomers, “um espetáculo de comédia física para toda a família”, que foi premiado nos festivais Fringe de Perth, Adelaide (Austrália), Praga (República Checa) e Paris (França).
No mesmo dia à noite o pianista franco-grego Antoine Karacostas, apresenta-se em quarteto no Solar da Música Nova, o espaço destinado à programação musical do festival.
No segundo dia será a vez de o australiano Sam Dugmore “assumir” o papel de “maior herói de ação de todos os tempos” em “Manbo”, na Casa da Máquina.
Mais tarde no mesmo dia, o guitarrista francês Florent Souchet apresenta-se em trio com Anders Ulrich no contrabaixo e Guilhem Flouzat na bateria, para “um concerto de composições intransigentes, onde a linguagem nuclear do jazz se alia a uma constante busca por novas sonoridades”, explicam os organizadores do festival.
No terceiro dia, estreia-se na Casa da Mákina “Strictly Come Barking” uma “comédia física” sobre um velho solitário e um cão “sem-abrigo” que se tornam amigos e que decidem entrar no mundo das danças de salão, um espetáculo intitulada e protagonizada pelos comediantes Jonathan Tilley e Oliver Nilsson.
À noite, no Cineteatro Louletano, a “aclamada” companhia Plexus Polaire, que na sua última passagem por Portugal, no âmbito do Fimfa LX21, esgotou o Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, com “Moby Dick”, apresenta o espetáculo “Dracula – Lucy’s Dream”, em estreia nacional, através de “marionetas de tamanho humano e a dupla presença do ator-marionetista”.
A programação do Festival Contrapeso termina em 04 de dezembro com o concerto do baixista e compositor Marco Martins (cofundador da Mákina de Cena), que no festival apresenta “Roadbook Revisited”, um projeto que percorreu vários clubes, festivais e auditórios em França, Espanha e Portugal e que agora volta a reunir-se num revisitar do disco que marca Martins como “criador de paisagens sonoras, sempre em ligação ao universo jazzístico”.
Além da programação de espetáculos, o Festival Contrapeso tem ainda previsto durante os quatro dias da programação, na Casa do Meio-Dia, a exposição “Arquivo Samotrácias”, uma visão documental do fotógrafo e videasta João Catarino sobre “a temática da migração no feminino”, composto por instalações multimédia.
Segundo o comunicado, haverá ainda “um ‘workshop’ de comédia física”, orientado pela companhia The Latebloomers, onde serão explorados vários exercícios de teatro desenvolvidos na École International de Jacques Lecoq, em Paris.
Por fim, vai realizar-se um ensaio aberto dirigido a estudantes do Conservatório de Música de Loulé, em que se partilham processos de improvisação e interpretação dos temas do álbum “Roadbook”, de Marco Martins (baixo), contando com Leon Baldesberger (trompete), Pierre Bernier (saxofone), Florent Souchet (guitarra) e Simon Bernier (bateria).
O Festival Contrapeso é uma iniciativa da companhia Mákina de Cena e realiza-se em Loulé no Cineteatro Louletano, Auditório do Solar da Música Nova, Casa da Cultura de Loulé, Casa do Meio-Dia e Casa da Mákina.