Faro não foi uma das cidades selecionadas pelo júri da União Europeia para a segunda fase da competição. O Município manifesta a sua tristeza pela exclusão e felicita as cidades de Aveiro, Braga, Évora e Ponta Delgada por seguiram para a fase seguinte.
“Demos o nosso melhor e agradecemos às milhares de pessoas que connosco construíram esta candidatura. Sempre afirmámos que o mais importante não era ganhar o título, mas sim o processo. O processo de candidatura foi essencial para olharmos para o concelho e para região de uma forma muito participada. Sabemos que construímos uma candidatura pertinente e de qualidade. O resultado obtido não significa que vamos parar. O caminho está iniciado, há que continuar a trabalhar”, afirmou Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro, que esteve presente na conferência de imprensa onde o júri Europeu anunciou os finalistas.
Embora o desfecho não tenha sido o desejado pelo Município de Faro e pelas entidades co-produtoras da candidatura, as temáticas tratadas em sede de candidatura continuam a merecer a atenção das entidades públicas locais e regionais.
O Município de Faro e a Faro2027 relembram que “o processo de candidatura Faro2027 envolveu a participação direta de mais de 3000 pessoas de toda a região do Algarve. Artistas, crianças, jovens, empresários, autarcas, desempregados, reformados, especialistas internacionais, catedráticos, residentes estrangeiros e turistas, foram consultados e apresentaram ideias para a região”.
Com base nas ideias recolhidas, o Dossier de Candidatura apresentou diversas temáticas como a água, a multiculturalidade, as alterações climáticas e a massificação turística, assim como propostas para o estabelecimento de melhores ligações com a Europa no domínio da cultura e da sustentabilidade.
O Município de Faro e a Faro2027 sublinham “o envolvimento e cooperação regional ao longo de todo este processo, reconhecendo o papel da Universidade do Algarve, da Região de Turismo do Algarve, da CCDR Algarve, da Direcção Regional de Cultura do Algarve, do IPDJ Algarve, e em especial de todos os Municípios do Algarve e de muitas organizações e agentes culturais e sociais da região que deste a primeira hora apoiaram este projeto”.
“Não podemos ignorar todo o trabalho desenvolvido, a energia gerada, ou as questões apontadas pelas pessoas que participaram no processo. Existem projetos que já estão em curso e que pretendemos continuar a dar seguimento como a reabilitação da Fábrica da Cerveja, o Quilómetro Cultural ou a Embaixada Gastronómica. Faro assumiu igualmente compromissos no âmbito do projeto das açoteias criativas. Somos líderes do European Creative Rooftop Network (ECRN) que junta 9 cidades, num projeto financiado pelo programa Europa Criativa no valor de 4M€ a 4 anos. A Convenção de Faro e as iniciativas planeadas no âmbito da mesma como as Conferências Internacionais anunciadas ou o projeto MI.MOMO.FARO vão continuar a ser desenvolvidos assim com outros projectos que atempadamente anunciaremos, com todo o nosso empenho”, afirma Rogério Bacalhau.