O concurso extraordinário para professores, dirigido às regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, ocupou quase 80% das 2.309 vagas disponíveis. De acordo com o Ministério da Educação, “as vagas que ficam por preencher não traduzem alunos sem aulas, já que são vagas de Quadro de Zona Pedagógica (QZP) e não de horários em escolas”.
Conforme os dados da Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE), foram preenchidas 1.822 vagas, representando 78,9% do total. No caso específico do Algarve, “nos QZP 59 a 63 entraram 203 docentes, tendo ficado por ocupar apenas 13 vagas”, sublinha o comunicado oficial.
Incentivos financeiros para atrair professores
Para minimizar a falta de docentes, o Governo lançou um incentivo financeiro à deslocação para escolas carenciadas, abrangendo 234 estabelecimentos identificados como prioritários. Este apoio, que varia entre 150 e 450 euros mensais, será pago durante 11 meses e destina-se a todos os professores colocados nestas escolas, “independentemente do seu vínculo e do grupo de recrutamento”, esclareceu o Ministério da Educação.
Soluções para alunos sem aulas
Segundo o ministério liderado por Fernando Alexandre, “estes dois QZP [45 e 46, em Lisboa e Vale do Tejo] dizem respeito à zona do país onde persistia maior incidência de alunos sem aulas, contribuindo-se, com estas colocações, de forma estrutural para a resolução deste problema nas escolas públicas”.
O Ministério da Educação reafirmou o objetivo traçado no Plano “+Aulas+Sucesso”, que prevê uma redução de 90% no número de alunos sem aulas até ao final do primeiro período letivo.
Mobilidade interna e estabilidade dos quadros
Na próxima semana, arranca o concurso de mobilidade interna, que permitirá aos docentes manifestar preferências por escolas específicas. “Caso os docentes entrem nos quadros, em resultado do Concurso Externo Extraordinário, no QZP a que pertence o Agrupamento de Escolas ou a Escola Não Agrupada onde se encontram atualmente colocados, terão a possibilidade de manifestar a intenção de permanecer na escola onde exercem funções”, detalhou o Ministério.
Com os resultados alcançados no Algarve, e em outras regiões, o Governo reforça o compromisso de assegurar uma maior estabilidade no setor da educação, com impacto positivo no sucesso escolar dos alunos.
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