Chama-se “Lápis – uma história para ler e sentir” e “nasceu numa sala de aula de Dramatização de 8.º ano, na tentativa de mostrar aos alunos que era possível criar e escrever histórias sobre quase tudo”, lembra a coautora da obra e professora de Dramatização e Ciências Naturais, Aida Correia. Os seus alunos frequentam o 9.º ano e tiveram o prazer de poder apresentar junto da comunidade escolar o resultado de um trabalho conjunto ao nível do texto com a sua professora, e com ilustrações da turma, coordenadas pelo professor de EVT, João Espada.
“Um ano depois de escrita e guardada na gaveta, em final de ano letivo, pensei: ‘Se eu quisesse dar vida aquele ‘Lápis’, teria de ser agora”, refere a docente. A obra surge, assim, publicada pela Editora Alfarroba, no Dia Mundial da Criança, numa sessão na qual participaram os professores, alunos, respetivas famílias, administração, direção pedagógica do CIV e a representante da editora Alfarroba, Andreia Salgueiro.
“Este livro orgulha-nos a todos e pertence a todos”
“Este livro orgulha-nos a todos e pertence a todos”, declarou, orgulhoso, o aluno Rodrigo Neto, em representação de todos os seus colegas. “O livro conta-nos um pouco sobre as nossas ações, as suas consequências e como as podemos mudar. Esse é o seu propósito, o propósito do ‘Lápis’”, acrescentou. O aluno discorreu sobre as várias fases de produção da obra: do trabalho de parceria texto-ilustração nas aulas de Educação Visual, às aulas de Filosofia, nas quais os alunos foram convidados a elaborar questões a partir do conteúdo da obra (e que se encontram disponíveis no livro através de QR code). Mas as palavras mais sentidas ficaram para o fim, quando Rodrigo referiu que “este livro melhorou as competências da nossa turma, ajudou-nos a descobrir melhor quem somos… Esperamos que, com o seu lançamento, muitas pessoas lhe possam encontrar valor – e até mesmo ajuda e motivação -, pois, tal como nos diz a obra, o bullying existe, mas podemos tentar apagá-lo.”
A professora e facilitadora Laurinda Silva, que mediou as conversas em torno da obra nas suas aulas de Filosofia para Jovens, agradeceu aos alunos, “que, para além de se mostrarem disponíveis para elaborar as perguntas a partir do texto – que são, sem dúvida, um trampolim para o leitor e para o pensamento empático -, revelaram também cuidado, finura e sensibilidade na crítica, que foi fundamental para aperfeiçoar as primeiras propostas”.
“Sinto um orgulho imenso e uma sensação de realização”, referiu Aida Correia. “É tão gratificante – e foi tão interessante – sonhar com algo e ver isso materializar-se em livro. Que este projeto possa servir como exemplo para os alunos. Devemos acreditar em nós e não ter medo de sonhar. Estou genuinamente feliz. Cumprimos um propósito”, confessou.
Os autores da obra estarão presentes na 92.ª Feira do Livro de Lisboa, que terá lugar no Parque Eduardo VII, no dia 4 de setembro, pelas 16 horas, no stand da Editora Alfarroba, para uma sessão de autógrafos.