A Universidade do Algarve (UAlg) vai abrir candidaturas ao cargo de reitor para um novo mandato de quatro anos, procedimento que decorre de 18 de agosto a 28 de setembro, anunciou a academia algarvia.
Num edital com data de 21 de julho assinado pela presidente do Conselho Geral da universidade, Ana Jorge, a instituição sublinha que o reitor “deve ser uma personalidade de incontestável prestígio académico com experiência no exercício de funções de direção” em instituições de ensino superior ou investigação.
Podem candidatar-se ao cargo professores e investigadores da UAlg ou de outras instituições, nacionais ou estrangeiras, de ensino universitário ou de investigação, “em exercício efetivo de funções e que não se encontrem abrangidos por qualquer inelegibilidade ou incompatibilidade previstas na lei”, lê-se no documento.
Segundo a academia algarvia, a pessoa a desempenhar o cargo deverá possuir uma “visão estratégica adequada à prossecução de uma política de desenvolvimento da Universidade do Algarve, nos termos dos princípios e valores consagrados nos estatutos da universidade”.
O reitor, órgão superior de governo e de representação externa da universidade, é eleito pelo Conselho Geral para um mandato de quatro anos, exercendo as suas funções “em regime de dedicação exclusiva”.
A nova presidente do Conselho Geral daquele estabelecimento de ensino, a médica e antiga ministra da saúde Ana Jorge, foi eleita para o cargo no final de junho.
O Conselho Geral da UAlg tem 35 membros, com 18 representantes dos professores e investigadores, seis dos estudantes e um dos funcionários não docentes, aos quais se somam 10 “personalidades externas, de reconhecido mérito, com conhecimentos e experiência relevantes para a academia”, entre os quais é escolhido um para presidente.
O atual reitor, Paulo Águas, foi eleito à segunda volta em novembro de 2017, tendo sido o primeiro professor do subsistema politécnico na história da instituição a candidatar-se e a ser eleito para o cargo.
Licenciado em Economia, Paulo Águas desempenhava as funções de professor coordenador na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da UAlg, até ser eleito.
Na altura, e numa primeira fase, a sua candidatura foi excluída pela comissão eleitoral pelo facto de ser docente do ensino politécnico, mas Paulo Águas recorreu e o Conselho Geral da UAlg acabou por admitir a candidatura, que não violava os estatutos, já que esta universidade possui dois subsistemas tutelados pelo mesmo órgão, a reitoria.