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O Convento de São José e ruas circundantes receberam, entre 6 e 9 de Julho, mais de 40 mil pessoas, sendo de realçar que o número de visitantes estrangeiros aumentou, sobretudo os espanhóis.
As ruas, devidamente enquadradas neste evento ímpar, mostraram uma beleza fora do habitual, com milhares de velas – acesas todos os dias – com as quais foram desenhados os símbolos das diferentes culturas e religiões da Rota da Seda, constituindo um espectáculo de enorme beleza visual.
No Largo do Mercado, apropriadamente denominado “rua vermelha”, neste caso cor da República Chinesa, tornou-se difícil caminhar, tal era a mole humana presente.
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O “Mercado de Culturas… à Luz das Velas” sobressaiu sobretudo pela qualidade e autenticidade dos projectos de música e dança apresentados: Lu Yanan e Nanyin (China), Yaran Ensemble (Irão), Raul Sengupta (Índia), Emilio Villalba (Espanha) e Al-Bashirah (Síria).
A abertura do evento, na passada quinta-feira, 6 de Julho, com a presença de Shu Jianping, adido cultural da República Popular da China; general Rocha Vieira, último Governador de Macau; presidentes da Assembleia e Câmara de Lagoa, Águas da Cruz e Francisco Martins, acompanhados pelo restante executivo e convidados, contou, após a apresentação de cumprimentos, com um apontamento musical chinês na Capela do Convento de S. José, seguido da inauguração da exposição fotográfica “Novo Aspecto da Rota da Seda – China” e de instrumentos musicais tradicionais chineses.
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Antes da prova da gastronomia chinesa oferecida aos convidados nos Claustros do Convento, o presidente Francisco Martins saudou a participação da República Popular da China no evento, permitindo o contacto dos visitantes com a sua cultura, afirmando que “o Mercado de Culturas… à Luz das Velas” ao escolher a Rota da Seda fê-lo pelo enquadramento histórico mas com ousadia, reconhecendo, contudo, que o mesmo não teria a grandeza sem a adesão imediata da representação chinesa ao mais alto nível e da intervenção do General Rocha Vieira, um Lagoense amigo, que facilitou tudo isto”.
Shu Jianping agradeceu e referiu que Lagoa é uma terra simpática com quem será possível conceber novos projectos e terminou referindo que a Rota da Seda “histórica” era muito diferente da actual, pois a China é um país moderno e, por isso, actualmente ela faz-se por via terrestre e marítima.