O Arquivo Municipal de Loulé acolhe, entre 17 de Dezembro a 16 de Janeiro, a exposição “A Identidade do Algarve: Forais, Alvarás e Cartas Régias”, com inauguração prevista para as 15 horas, seguindo-se uma palestra com Joaquim Romero de Magalhães.
Trata-se de uma iniciativa concebida entre a Rede de Arquivos do Algarve e as várias autarquias que aderiram ao projecto, com o objectivo de dar conhecer os documentos que são representativos do exercício da administração dos concelhos algarvios.
Desde a recuperação da população cristã do território algarvio que o Algarve foi tradicionalmente reconhecido como uma região distinta do restante território nacional. Tal pode ser constatado pelo exemplo do simples facto de, ainda no início do século XIX, os selos postais para esta região serem ao custo dos para o estrangeiro e não ao do para outras regiões do país. Quais foram as estratégias políticas para a organização administrativa desta região? Quando, como e porquê foram criados os concelhos que actualmente constituem o distrito do Algarve? Estas são algumas das questões a que a Exposição pretende responder.
Assim, esta exposição permite conhecer a evolução da administração régia da região e a consequente formação dos concelhos que integram o distrito de Faro. Esta organização, que brota na segunda metade do século XIII, apenas se concluiu já no período republicano. Ao reproduzir os exemplares originais da documentação que deu origem à criação dos atuais 16 concelhos, não poderemos ficar alheios a um exemplo presente de mutilação, exercida algures por alguém, de património que constitui valor inestimável. Os distintos documentos transparecem os interesses sociais, económicos e políticos que prevaleceram na delimitação geográfica administrativa ao longo dos tempos.
A exposição aborda três tipos de documentos governativos: os Forais (documentos reais utilizados em Portugal para estabelecer um concelho e regular a sua administração, deveres e privilégios, foram concedidos entre os séculos XII e XVI, sendo determinantes para assegurar as condições de fixação e prosperidade da comunidade, assim como no aumento da sua área cultivada, pela concessão de maiores liberdades e privilégios aos seus habitantes), os Alvarás (éditos reais, que podem ser interpretados e caracterizados como licenças reais ou decretos régios; em vários períodos da História de Portugal, os reis ou regentes fizeram uso de Alvarás para governar) e as Cartas Régias (documento oficial assinado por um monarca que seguia directamente para uma autoridade, geralmente contendo determinações gerais e permanentes).
Em complemento a esta exposição, estará também visível ao público uma mostra de documentos, alguns dos quais originais, relacionados com a administração do concelho de Loulé.
O Arquivo Municipal de Loulé acolhe, entre 17 de Dezembro a 16 de Janeiro, a exposição “A Identidade do Algarve: Forais, Alvarás e Cartas Régias”, com inauguração prevista para as 15 horas, seguindo-se uma palestra com Joaquim Romero de Magalhães.
Trata-se de uma iniciativa concebida entre a Rede de Arquivos do Algarve e as várias autarquias que aderiram ao projecto, com o objectivo de dar conhecer os documentos que são representativos do exercício da administração dos concelhos algarvios.
Desde a recuperação da população cristã do território algarvio que o Algarve foi tradicionalmente reconhecido como uma região distinta do restante território nacional. Tal pode ser constatado pelo exemplo do simples facto de, ainda no início do século XIX, os selos postais para esta região serem ao custo dos para o estrangeiro e não ao do para outras regiões do país. Quais foram as estratégias políticas para a organização administrativa desta região? Quando, como e porquê foram criados os concelhos que actualmente constituem o distrito do Algarve? Estas são algumas das questões a que a Exposição pretende responder.
Assim, esta exposição permite conhecer a evolução da administração régia da região e a consequente formação dos concelhos que integram o distrito de Faro. Esta organização, que brota na segunda metade do século XIII, apenas se concluiu já no período republicano. Ao reproduzir os exemplares originais da documentação que deu origem à criação dos atuais 16 concelhos, não poderemos ficar alheios a um exemplo presente de mutilação, exercida algures por alguém, de património que constitui valor inestimável. Os distintos documentos transparecem os interesses sociais, económicos e políticos que prevaleceram na delimitação geográfica administrativa ao longo dos tempos.
A exposição aborda três tipos de documentos governativos: os Forais (documentos reais utilizados em Portugal para estabelecer um concelho e regular a sua administração, deveres e privilégios, foram concedidos entre os séculos XII e XVI, sendo determinantes para assegurar as condições de fixação e prosperidade da comunidade, assim como no aumento da sua área cultivada, pela concessão de maiores liberdades e privilégios aos seus habitantes), os Alvarás (éditos reais, que podem ser interpretados e caracterizados como licenças reais ou decretos régios; em vários períodos da História de Portugal, os reis ou regentes fizeram uso de Alvarás para governar) e as Cartas Régias (documento oficial assinado por um monarca que seguia directamente para uma autoridade, geralmente contendo determinações gerais e permanentes).
Em complemento a esta exposição, estará também visível ao público uma mostra de documentos, alguns dos quais originais, relacionados com a administração do concelho de Loulé.