Cineasta genial, que reinventou o cinema e foi figura tutelar da sua geração, é assim que o cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard, que morreu hoje aos 91 anos, foi recordado por figuras e personalidades dentro e fora do cinema.
Na rede social Twitter, o Presidente francês, Emmanuel Macron, descreveu Jean-Luc Godard como “o mais iconoclasta dos realizadores da ‘Nouvelle Vague’, que inventou uma arte corajosamente moderna e intensamente livre”, acrescentando que se perdeu “um tesouro nacional, um olhar de génio”.
Também no Twitter, a atriz francesa Brigitte Bardot, que protagonizou “O desprezo” (1963), escreveu que Godard se juntou “ao firmamento dos últimos grandes criadores de estrelas”, enquanto o antigo diretor da revista ‘Cahiers du Cinéma’, Jean-Michel Frodon, lembrou que “foi a estrela da sua geração”.
Godard atingiu o mundo “com uma onda de audácia, liberdade e irreverência”, escreveu a ministra francesa da Cultura, Rima Abdul Malak, e a Cinemateca Francesa recordou o cineasta através de uma frase: “O cinema não está ao abrigo do tempo. Ele é o abrigo do tempo”.
Para o ator franco-suíço Alain Delon, a morte do cineasta representa um virar de página na História do cinema, como afirmou à agência France-Presse.
O realizador brasileiro Kléber Medonça Filho, o britânico Edgar Wright e o mexicano Guillermo del Toro também se juntaram ao coro de lamento pela morte do realizador, assim como os realizadores portugueses João Rui Guerra da Mata e Gonçalo Tocha ou o produtor e exibidor Pedro Borges.
“Jean-Luc Godard é o Picasso do cinema“, afirmou o antigo presidente do festival de Cannes Gilles Jacob, à AFP, considerando que o cinema mundial ficou órfão.
Parte fundamental da ‘Nouvelle Vague’ francesa, movimento que revolucionou o cinema a partir dos anos 1950, Jean-Luc Godard morreu hoje em casa em Rolle, na Suíça, revelou a família em comunicado citado pela AFP.