Os artistas Bruno Grilo e Luís Marques, a convite da Associação 289, inauguram no dia 10 de junho, às 17:00, o projeto expositivo “Um Lugar, Depois o Outro” que contará com a participação dos artistas Fred Hubble, Fábio Araújo, João Gomes Gago, Ruben Goncalves, Guilherme Pinto, Samira Rocha, Maria Ribeiro, Aoleo, Rafael Fraguas, Rita Leitão, Clarice Cunha, Sara Goncalves, Tiago Rocha Costa, Diogo Sousa, Rui Mota e Lívia Fiuza.
“O projeto de execução da exposição surgiu da necessidade de interação entre os intervenientes, as comunidades artísticas de diferentes lugares e a região do Algarve. Onde um dos seus principais objetivos é a reunião de pessoas – artistas locais, nacionais, internacionais, jovens, no meio de carreira, desconhecidos ou estabelecidos – e a exploração das relações entre artistas na sua unidade ou contradições”, refere a Associação 289 em comunicado, acrescentando que “pretende-se assim apresentar ideias e experiências subjetivas, individuais e despreocupadas, mas sempre comprometidas com o pensamento contemporâneo e com o conceito polissémico de lugar, ou seja, o seu lugar e o lugar dos outros”.
Urge desta iniciativa, através da sua dinâmica, a intenção de causar um impacto descentralizador para que se possam abrir novos caminhos de difusão da arte. O interesse de Bruno Grilo e Luís Marques no desenvolvimento deste projeto prende-se primeiramente à singularidade do discurso que a obra dos artistas convidados propõe, assim como à consistência e desenvolvimento das práticas artísticas em si, que Bruno e Luís valorizam e acompanham há já algum tempo.
A Associação 289, sediada às portas de Faro, define-se como “um lugar que reflete a vontade de um grupo de artistas em criar um espaço inteiramente dedicado à arte contemporânea. Um lugar único e misterioso, uma antiga casa de lavoura que devido à sua longa história conta com alguns desafios e aos quais se devem ter em atenção na escolha das obras pretendidas para a exposição”.
“Neste sentido os artistas convidados dispuseram de um espaço de receção para trabalho(s) de carácter mais experimental e despreocupado, permitindo assim a afirmação do projeto segundo princípios de informalidade mas que, no entanto, se expresse através de uma cultura expositiva forte como pretendido”, explica a Associação 289.
O convite a estes artistas, ao partir do interesse pelas suas pesquisas de trabalho artístico, lança de facto “a proposta e a liberdade de escolha para um certo tipo de obras mais experimentais que, pelas suas características, não seriam facilmente canalizadas nos circuitos galerísticos nem contempladas nos programas institucionais”.
Esta intenção está relacionada com a forma de como está organizado o sistema artístico, “que é muitas vezes elitista, conservador, desfasado no tempo e no espaço, e muitas vezes com um olhar pouco atento para as periferias”.
A exposição estará patente até 9 de julho, de quarta-feira a domingo, das 15:00 às 19:00.
Sobre Bruno Grilo e Luís Marques
Bruno Grilo é natural de Albufeira onde vive e trabalha, atualmente é também professor. Na sua prática artística tem como propósito central a necessidade de buscar e viabilizar uma linguagem escultórica ampliada, associando uma relevância conceitual e contemporânea a uma sociopolítica.
Grilo trabalha principalmente com escultura, instalação, fotografia e desenho.
Luís Marques nasceu em Faro, Portugal em 1999 onde atualmente vive e trabalha.
O trabalho, centrado na pintura, é uma pesquisa visual onde lança mão de algumas questões e ideias sobre o território, a memória coletiva e a relação entre o Homem e a Natureza.