A Ala dos Namorados, banda formada em 1992, regressa este ano aos palcos e aos discos, depois de “algumas interrupções de atividade e mudança na formação”, com o músico João Gil e o cantor Nuno Guerreiro “ao leme” do projeto.
O regresso da banda aos palcos começa já na segunda-feira com um “Ensaio Aberto”, no Capitólio, em Lisboa, “para levantar o véu aos fãs daquele que vai ser o concerto de regresso da banda”, lê-se no texto de apresentação do espetáculo.
Para já, estão duas datas marcadas: 01 de fevereiro, no Cineteatro Louletano, em Loulé, e 14 de fevereiro, no Casino da Póvoa, na Póvoa de Varzim. Nestes concertos, a banda vai “reviver os êxitos conhecidos por todos (como ‘Loucos de Lisboa’) e também revelar algumas das canções novas”.
A Ala dos Namorados, que completou no ano passado 30 anos desde a sua fundação, tem também planeado para 2023 um regresso aos discos, com um novo álbum previsto para o final do ano.
O músico e compositor João Gil, citado num comunicado do agenciamento da banda, revelou que nas novas canções da Ala dos Namorados “corre o sangue da cidade mestiça [Lisboa]”.
Os novos temas “terão versos de escritores e letristas eminentes da língua portuguesa, como Mia Couto, José Eduardo Agualusa, Fernando Pessoa, Maria do Rosário Pedreira, Zeca Baleiro e do próprio João Gil”, lê-se no comunicado.
Neste regresso aos palcos e às edições discográficas da Ala dos Namorados, a João Gil e Nuno Guerreiro juntam-se Rúben Alves, em piano, Alexandre Frazão, na bateria, Nelson Cascais, no contrabaixo, e Luís Cunha, no trompete.
Ao longo dos 30 anos de carreira, a banda editou oito álbuns de estúdio, dois álbuns ao vivo e uma compilação “de grandes êxitos”, que inclui temas como “Solta-se o beijo”, “Fim do mundo” e “Há dias em que mais vale…”.
A Ala dos Namorados foi criada em 1992 por João Gil e Manuel Paulo, tendo-se depois juntado a eles José Moz Carrapa e Nuno Guerreiro.
Em 1994, a banda editou o álbum de estreia, homónimo. José Moz Carrapa deixou a Ala dos Namorados após a edição do terceiro álbum, “Alma” (1996), e João Gil acabou por a abandonar em 2006, para formar projetos como a Filarmónica do Gil e O Baile.
A Ala dos Namorados continuou, tendo editado outros álbuns entretanto.