Os espetáculos ao vivo geraram 125,3 milhões de euros de receitas em 2019, mais 15% face a 2018, porque se venderam mais bilhetes e porque estes ficaram mais caros, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o relatório anual estatístico de Cultura, em 2019 realizaram-se 37.049 sessões de espetáculos ao vivo (música, teatro, dança, multidisciplinares, folclore, circo), num ligeiro aumento de 1,2% face a 2018 e com praticamente o mesmo número de assistência, com 16,9 milhões de espectadores.
No total, os espetáculos ao vivo geraram 125,3 milhões de euros de receitas em 2019, quando no ano anterior tinham sido 109 milhões de euros.
Esta subida é justificada pelo aumento médio do preço dos bilhetes (de 5,8%), que passou de 19,7 euros em 2018 para 20,8 euros em 2019.
Dos 16,9 milhões de espectadores, seis milhões compraram bilhete, o que representa um aumento de 8,9% face a 2018. Houve ainda uma diminuição de 3,9% nos bilhetes oferecidos, para um total de 10,8 milhões.
Numa média total do valor dos bilhetes vendidos, é na região Centro que o acesso aos espetáculos ao vivo é mais barato, com os bilhetes a custarem 7,8 euros.
A Área Metropolitana de Lisboa é a mais cara, com o bilhete a custar, em média, 28,3 euros, seguindo-se a região do Alentejo (21,9 euros) e a região Norte (14,6 euros).
Em 2019, o Teatro voltou a ser o espetáculo ao vivo com o maior número de sessões – 13.516 sessões, correspondendo a 36,5% do total -, mas foi a Música a que registou mais espectadores, 9 milhões, e gerou a grande fatia das receitas, totalizando 98,5 milhões de euros.
Analisando por regiões, das 37.049 sessões de espetáculos ao vivo, a Área Metropolitana de Lisboa foi a que acolheu mais eventos culturais, totalizando 12.282, seguindo-se a região Norte, com 10.165 sessões, a região Centro, com 8.229, o Alentejo, com 2.879, o Algarve, com 1.544, a Região Autónoma da Madeira, com 1.322, e o arquipélago dos Açores, com 628.
No entanto, em assistência, a ordem inverte-se: em 2019, dos 16,9 milhões de espectadores registados, a região Norte totalizou 6,6 milhões de bilhetes emitidos, seguindo-se a área metropolitana de Lisboa, com 4,5 milhões de espectadores.
Em 2019, foram contabilizado 388 recintos de espetáculos ao vivo, o que representa um aumento de 6,6% face a 2017, isto porque os dados são revelados a cada dois anos.
Aqueles recintos oferecem uma lotação de 257.400 lugares. A lotação média dos recintos registados foi de 440 lugares em 2019.
Quanto ao consumo de Cultura, o INE revela ainda que, em 2019, os museus receberam 19,8 milhões de visitantes, num ligeiro aumento de 1,5% face a 2018.
Os visitantes estrangeiros representaram mais de metade (52,3%) do total de visitantes de museus, em 2019.
Quanto à exibição de cinema em sala, foram registados 15,5 milhões de espectadores e 83,2 milhões de euros de receita de bilheteira, o que representou um aumento de mais de 5% em relação a 2018.