No âmbito do programa Encontro com Autores (online), realiza-se, no dia 23 de abril, pelas 18:00, via Facebook do Município de Tavira, uma conversa com a escritora Lídia Jorge.
A sessão, conduzida por Ana Isabel Soares (professora Auxiliar na Universidade do Algarve) e Paulo Nóbrega Serra (professor convidado do Centro de Língua Portuguesa na Universidade Nacional de Timor Lorosa’e), visa promover o debate sobre livros, cinema, cultura e a reflexão acerca da questão: “Como viver depois da pandemia?”.
Lídia Jorge é considerada um dos mais destacados nomes da literatura portuguesa das últimas décadas, em especial pela sua produção ficcional.
A sua produção literária traduz-se num diálogo intenso, muitas vezes crítico, com o país que vive a mudança do século sob o signo de transformações sociais e mentais às vezes aceleradamente incorporadas no viver coletivo.
Sobre Lídia Jorge:
É natural de Boliqueime, mas passou alguns anos decisivos em Angola e Moçambique. Formou-se em Filologia Românica na Universidade de Lisboa. Foi professora do Ensino Secundário e já escreveu mais de 20 livros editados em várias línguas, entre os quais romances, antologias de contos, e uma peça de teatro.
É umas das romancistas de maior sucesso na literatura portuguesa contemporânea. Escreveu várias obras como O Dia Dos Prodígios (1980), O Cais das Merendas (1982, Prémio Município de Lisboa), Notícia da Cidade Silvestre (1984), A Costa dos Murmúrios (1988), A Última Dona (1992), O Jardim Sem Limites (1995), O Vale da Paixão (1998), O Vento Assobiando nas Gruas (2002), o conto A Instrumentalina (1992), e a peça de teatro A Maçon. Ao longo da sua carreira recebeu inúmeros prémios, nomeadamente: Prémio Ricardo Malheiros (1980), Prémio Literário Município de Lisboa (1982, 1984), Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa (1995, 1998), Prémio D. Dinis (1998), Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística (1999), Prémio Máxima de Literatura (1999), Prémio Jean Monet de Literatura Europeia, Escritor Europeu do Ano (2000), Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLB (2002), Prémio Literário Casino da Póvoa (2004),
Lídia Jorge recebeu também o Prémio Internacional Albatroz de Literatura da Fundação Günter Grass (2006), Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura (2014), Prémio Vergílio Ferreira (2015), Prémio Urbano Tavares Rodrigues (2015), XXIV Grande Prémio de Literatura (2019), e o Prémio da Feira do Livro de Guadalajara em Línguas Românicas (2020). Foi condecorada com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (9 de março de 2005) e com a distinção de Dama da Ordem das Artes e das Letras de França (13 de abril de 2005).