Das 388 candidaturas ao Programa de Apoio a Projetos, nas áreas de Criação e Edição, da Direção-Geral das Artes (DGArtes), consideradas elegíveis pelo júri, menos de um terço (110) irão receber financiamento.
A DGArtes anunciou hoje que 100 candidaturas, num total de 506 analisadas, irão receber financiamento no âmbito do Programa de Apoio a Projetos, nas áreas de Criação e Edição, num valor total de cerca de 2,4 milhões de euros.
Este concurso, cujas candidaturas decorreram entre 29 de maio e 02 de julho, tinha uma dotação inicial de 1,7 milhões de euros, e contou com um reforço financeiro de 720 mil euros, anunciado no final de outubro pela ministra da Cultura, Graça Fonseca.
Segundo a DGArtes, esse reforço “veio permitir financiar adicionalmente 33 projetos”.
De acordo com o projeto de decisão, no total foram consideradas elegíveis 388 das 506 candidaturas recebidas. No entanto, apenas 110 irão receber financiamento.
Este ano, para este concurso, foram criados quatro patamares de apoio de 10 mil, 20 mil, 30 mil e 40 mil euros, destinados a “apoiar a conceção, execução e apresentação de obras, residências artísticas e a interpretação de repertório (nomeadamente na área da música) e/ou apoiar projetos na vertente da edição e publicação nacional de uma obra em suporte físico ou digital”.
No patamar de 10 mil euros serão apoiadas 37 candidaturas, embora o total de candidaturas consideradas elegíveis tenha sido de 136.
No patamar de 20 mil euros foram consideradas elegíveis 134 candidaturas, mas serão apoiadas apenas 35.
No patamar dos 30 mil euros serão 17 as candidaturas apoiadas, num total de 51 elegíveis.
Já no patamar dos 40 mil euros, foram consideradas elegíveis 67 candidaturas, mas apenas 21 receberão financiamento.
Em relação às 110 candidaturas elegíveis e apoiadas, a grande maioria corresponde a entidades da Área Metropolitana de Lisboa (79), seguindo-se o Norte (23), o Centro (quatro), o Algarve (três) e o Alentejo (uma).
Os projetos devem ser executados “no período de um ano, até 31 de dezembro de 2021, devendo prever obrigatoriamente atividade pública, em formato presencial, virtual ou misto, nas seguintes áreas artísticas: artes performativas (circo contemporâneo e artes de rua, dança, música e teatro), artes visuais (arquitetura, artes plásticas, design, fotografia e novos media) e cruzamento disciplinar”.
A DGArtes, no comunicado hoje divulgado, salienta que, “este ano, o programa possibilitou a apresentação de projetos de Edição, nas mesmas condições e para os mesmos patamares de financiamento dos projetos de Criação, respondendo, assim, às necessidades de uma atividade em crescimento nas áreas artísticas acima referidas”.
O concurso nas áreas de Criação e Edição foi um dos três primeiros a abrir candidaturas este ano, no âmbito do Programa de Apoio a Projetos da DGArtes.
O concurso da área da Programação e Desenvolvimento de Públicos garantiu financiamento a 37 candidaturas, num total de 990 mil euros.
Em relação ao número de candidaturas apresentadas, num total de 155, conforme os números avançados pela DGArtes, e tendo em conta os mapas anexos aos resultados, cerca de 30% das candidaturas (48) não foram consideradas elegíveis para apoio.
Já na área da Internacionalização, foi garantido financiamento a 61 candidaturas, num investimento total de 563 mil euros.
De acordo com os mapas da DGArtes, na área da Internacionalização, todas as candidaturas consideradas elegíveis para apoio obtêm financiamento.