A APECATE – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística esclarece, em comunicdo, a sua posição sobre a realização de eventos, independentemente da sua dimensão, natureza e característica, sendo de cariz desportivo, cultural, institucional ou outro.
A associação salienta que “o sector dos eventos é um dos que maior impacto negativo tem tido com a crise da Covid-19. Desde Março repetidamente anunciamos que fomos o primeiro a fechar, e seremos certamente o último a abrir na sua plenitude, tendo a APECATE, por isso mesmo, desenvolvido todo um trabalho para minorar os impactos, como é reconhecido quer pelo sector, quer pelo governo”.
Desde que foi anunciado pelo Governo a abertura do sector a partir de 1 de Junho, mediante determinados requisitos, “trabalhamos nas linhas de orientação para que essa abertura fosse possível no estrito cumprimento de regras que pudessem ser cumpridas por todos os agentes (organizadores clientes, parceiros, participantes,…)”.
Por isso mesmo, elaboramos “o Manual de Boas Práticas, dialogamos com a Secretaria de Estado, mas desde essa data, que aguardamos por um entendimento claro da DGS. Apesar de reivindicarmos orientações específicas e claras para o sector, o que tem ocorrido é uma análise casuística de situações, com orientações que divergem conforme a análise, a visibilidade política, social e o maior ou menor impacto que o evento em causa poderá suscitar”, destaca a APECATE.
“Claramente não é o que defendemos, acima de tudo, a nossa aposta tem de estar do lado dos agentes e dos participantes, com regras claras, treinadas e assimiladas com o tempo que tudo o que é gestão de crise e gestão de risco envolve”, pode ler-se no comunicado.
A APECATE afirma que apoia “a organização e a realização de eventos; que a sua concretização tem de ser efetuada no estrito cumprimento das regras sanitárias, mas também no estrito cumprimento de todas as outras regras (que por estes dias não parecem ser uma prioridade): planeamento adequado, segurança, legalidade, gestão de risco, impacto ambiental, satisfação do objetivos, entre outras”.
A associação acredita que “a abertura dos eventos desportivos, culturais, corporativos, com regras claras, aceitando e implementando as regras de conduta perante a situação provocada pela Covid 19, são a fórmula para incentivar o crescimento do sector e trazer mais confiança a clientes e participantes. Só a multiplicação de bons exemplos e a abordagem sem alarmismos dos mesmos, fará com que os eventos regressem em força”.
A APECATE apoia “as medidas do Turismo de Portugal e de outras entidades no reforço do posicionamento internacional de Portugal na captação de eventos, assim como nos encontramos a apresentar contributos para a mudança de paradigma nos fundos de captação de eventos, valorizando outras dimensões da nossa oferta que não apenas o número de dormidas”.
“Sabemos que a organização de grandes eventos nas últimas semanas, tem levantado polémicas sobre se deveriam ser autorizados ou não, ou sobre aspetos de qualidade da organização”, afirma.
“Não nos podemos pronunciar sobre a organização em concreto de determinado evento, pois para tal teríamos de conhecer os reais desafios, condicionantes, exigências e dimensões dos mesmos, e não nos basearmos nos factos publicados nos media ou nas redes sociais, entrando num jogo político que a ninguém interessa. Só podemos comentar factos e não notícias”, acrescenta.
“O que podemos dizer é que defendemos a emissão de regras claras, e a aposta clara na formação, educação e sensibilização de todos os envolvidos na organização, produção e participação nos eventos. Só com a colaboração de todos, os riscos serão minimizados e os eventos poderão ocorrer de acordo com a nova situação”, menciona.
A APECATE afirma que continuará “determinada e resiliente a apoiar os nossos associados na concretização dos seus projetos e no esclarecimento de questões que possam surgir no âmbito da sua atividade, assim como combateremos determinados, os que pretendem simplesmente difamar um sector que contribuiu nos últimos anos para o crescimento económico do País, para a sua afirmação internacional e que é responsável por milhares de postos de trabalho que estão neste momento em perigo”.