Durante muitos anos, acreditou-se que era essencial deixar o motor do carro a aquecer antes de começar a conduzir. Esta ideia surgiu numa época em que os motores funcionavam de forma diferente e os sistemas de lubrificação não eram tão eficientes. Mas será que ainda é necessária esta prática? Saiba mais neste artigo.
Com os avanços tecnológicos na indústria automóvel, essa prática já não é necessária na maioria dos veículos modernos. Os carros atuais, especialmente os equipados com sistemas de injeção eletrónica, foram projetados para operar corretamente assim que são ligados. A tecnologia moderna garante que o combustível seja distribuído de forma eficiente desde o primeiro momento, eliminando a necessidade de um aquecimento prévio. No entanto, isso não significa que se possa arrancar sem qualquer cuidado.
“Arranca suavemente”, é uma das principais recomendações para garantir a durabilidade do motor. Nos primeiros minutos de condução, deve-se evitar acelerações bruscas para permitir que o óleo do motor circule completamente e que todas as peças atinjam a temperatura ideal de funcionamento. Esta prática reduz o desgaste prematuro dos componentes internos e melhora a eficiência do veículo.
Há também fatores ambientais que podem influenciar o desempenho do motor nos primeiros instantes. Em climas muito frios, pode ser útil aguardar entre 30 a 60 segundos antes de arrancar, para garantir que o óleo lubrifica todas as partes essenciais do motor de forma eficaz. Isto é especialmente relevante em temperaturas abaixo de zero, onde os fluidos tendem a ficar mais viscosos.
Embora os veículos mais recentes não precisem de tempo de aquecimento, os carros mais antigos podem exigir um período de funcionamento ao ralenti antes de arrancar. Modelos equipados com carburador, por exemplo, podem precisar deste tempo extra para evitar falhas na combustão. No entanto, esses automóveis são cada vez mais raros nas estradas.
A evolução dos lubrificantes também teve um papel importante nesta mudança de hábitos. Os óleos sintéticos modernos foram desenvolvidos para fluir rapidamente mesmo em temperaturas frias, protegendo todas as peças internas do motor desde o momento da ignição. Assim, a preocupação com o tempo de aquecimento tornou-se obsoleta para a maioria dos condutores.
Outro ponto a ter em conta é a luz do motor no painel de instrumentos, revela a Pplware. Se esta acender logo após a ignição e permanecer ligada, pode indicar um problema que precisa de ser avaliado por um profissional. Ignorar esse aviso pode resultar em danos graves ao motor, independentemente de como se inicia a condução.
Manter o motor em boas condições não depende de o deixar a aquecer antes de arrancar, mas sim de outros cuidados essenciais. “Cuidar do motor com arranques suaves e manutenções regulares é mais importante do que o tempo de aquecimento parado.” Revisões periódicas, troca de óleo dentro do prazo recomendado e utilização de combustível de qualidade são medidas fundamentais para prolongar a vida útil do veículo.
Além disso, uma condução responsável e adaptada às condições da estrada contribui para o bom funcionamento do motor. Evitar mudanças bruscas de velocidade e respeitar os limites do carro ajuda a prevenir o desgaste excessivo e melhora a eficiência do consumo de combustível.
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