Túlio, Terrapin, Thankful, Tintin, Teteia, Thunder e Tolstói são os sete “magníficos cágados” que, esta quarta-feira, vão receber “alta médica” e regressarão ao meio selvagem, numa das margens da barragem de Odeleite.
“As suas origens são distintas, assim como o são os tamanhos, os pesos e as razões dos sete resgates e inerentes processos de cuidado e/ou reabilitação – mas, em comum, têm o seu estatuto de conservação (indissociável da espécie Mauremys leprosa, cágado-mediterrânico), a passagem (mais curta ou mais prolongada) pelo Porto d’Abrigo do Zoomarine e, claro, a necessidade de integrarem grupos de reprodução, ou não fossem membros de uma espécie ameaçada de extinção”, explica o Zoomarine em comunicado.
Esta devolução colectiva, face às fortes e dramáticas reduções dos espelhos de água na paisagem algarvia, terá lugar na manhã desta quarta-feira, numa das margens da Barragem de Odeleite, com base numa reiterada cooperação entre o Zoomarine e o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a entidade que tutela a rede nacional de arrojamentos, da qual o Zoomarine faz parte, como membro co-fundador, desde há precisamente 25 anos.
Ao contrário de Salina, a tartaruga-marinha que há três meses anda a percorrer o mar Mediterrâneo, a progressão destes sete cágados não poderá ser acompanhada remotamente, no entanto, os maiores serão portadores de um microchip que talvez permita, um dia, perceber que crescimento tiveram e, eventualmente, que outros destinos terão escolhido.
Até lá, no Zoomarine ficam mais alguns cágados cujo processo de reabilitação ainda não pode ser dado como terminado, mas como o Porto d’Abrigo do Zoomarine trabalha 24/24 horas/dia, 365 dias/ano, esta “casa” continuará a ser, até à chegada do calor da primavera, o refúgio de uma pequena mas bem especial família… que não sabe que o é, mas que importa proteger como se o fosse.