Um tribunal militar russo na região de Kabardino-Balkaria (sul) confirmou a exoneração de 115 soldados do Exército por se recusarem a participar da ofensiva na Ucrânia.
Este caso parece ser o primeiro oficialmente confirmado de soldados russos que se recusam a participar na campanha militar lançada pela Rússia na Ucrânia, a 24 de fevereiro.
O tribunal militar russo confirmou – de acordo com um comunicado de imprensa divulgado na quarta-feira – que os militares “se recusaram, arbitrariamente, a cumprir uma missão oficial”, rejeitando o seu recurso interposto neste processo.
O tribunal alega que reviu os “documentos necessários” e questionou funcionários da Guarda Nacional – uma força de segurança interna que também participa nas operações militares na Ucrânia, mas que não faz parte do exército russo.
A audiência judicial foi realizada à porta fechada, para evitar a revelação de “segredos militares”, acrescentou o tribunal, que não clarificou onde estavam estacionados esses soldados na Rússia.
O serviço de imprensa do tribunal, citado pela agência de notícias Interfax, informou esta quinta-feira que as pessoas envolvidas no processo eram membros da Guarda Nacional que se recusaram a realizar uma missão ligada à “operação militar especial” na Ucrânia ordenada por Moscovo.