No dia 4 de dezembro, Tavira assinala o 8.º aniversário da classificação da Dieta Mediterrânica como Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO com um programa alusivo a esta temática.
Assim, entre as 10:00 e as 18:00, terá lugar, no Jardim das Palmeiras, uma mostra de artesanato, onde o visitante poderá conhecer e adquirir produtos tradicionais, nomeadamente, artesanato e doçaria. A mostra conta, ainda, com a animação itinerante de acordeonistas.
No Mercado Municipal, pelas 10:30, realiza-se uma demonstração culinária pelo chef Abílio Guerreiro. Esta será dedicada a pratos típicos da quadra natalícia como o polvo de Santa Luzia e os doces tradicionais desta época do ano.
Altura ideal para visitar, também, a exposição permanente “Dieta Mediterrânica – Património Cultural Milenar” patente no Museu Municipal de Tavira- Palácio da Galeria (terça-feira a sábado, das 09:30 às 13:00 e das 14:00 às 16:30.
Pelas 21:30, a Igreja da Misericórdia acolhe o concerto comemorativo deste dia com o guitarrista tavirense, Josué Nunes, acompanhado pelo Algharb Consort (quarteto de cordas com cravo). Neste momento musical serão interpretadas obras de Vivaldi, Joaquin Rodrigo, Duarte Costa e Luigi Bocherini.
Recorde-se que a Dieta Mediterrânica foi declarada Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, durante a 8.ª reunião do Comité Intergovernamental, no dia 4 de dezembro de 2013, em Baku (Azerbaijão).
Subscreveram esta candidatura transnacional sete Estados com culturas mediterrânicas milenares: Portugal (Tavira), Chipre (Agros), Croácia (Hvra e Brac), Grécia (Koroni), Espanha (Soria), Itália (Cilento) e Marrocos (Chefchaouen).
A Dieta Mediterrânica consiste num conjunto de práticas, representações, expressões, conhecimentos e competências que as comunidades reconhecem como fazendo parte do seu património cultural.
Este manifesta-se, nomeadamente, nos domínios das tradições e expressões orais, nas práticas sociais, nos rituais e atos festivos, nos conhecimentos e usos relacionados com a natureza e nas técnicas artesanais tradicionais, transmitidas de geração em geração, e constantemente recriadas pelas comunidades e pelos grupos em função do meio envolvente, da sua interação com a natureza e da sua história, conferindo-lhes um sentido de identidade e continuidade, assim como promovendo o respeito pela diversidade cultural e criatividade humana.
Este património encontra-se vivo nas práticas sociais e nos costumes das populações, designadamente, nas atividades produtivas, festividades cíclicas e na cultura alimentar com produtos e pratos característicos de cada época do ano.