Até ao fim do ano que está a poucos dias de terminar, a idade de acesso à reforma está fixada nos 66 anos e quatro meses. Está já confirmado que no próximo ano, a idade para aceder à pensão de velhice vai subir para os 66 anos e sete meses e ficou-se também a saber que, em 2026, será preciso trabalhar ainda mais dois meses do que em 2025 para se poder reformar. Mas porque será que a idade de acesso à reforma está a aumentar constantemente?
Para quem está em contagem decrescente para se reformar, assistir ao aumento da idade da reforma é sinónimo de ver mais longe uma meta que estava cada vez mais próxima de alcançar. Contudo, em termos práticos, a idade para o acesso à reforma está a aumentar por bons motivos. Em primeiro lugar, há que salientar que o aumento de três meses com que se vai deparar em 2025 não se trata de uma decisão política.
O valor provisório da esperança de vida aos 65 anos, apurado anualmente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), é divulgado sempre em novembro e é essa a referência para efeitos de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de Segurança Social e do fator de sustentabilidade a aplicar ao montante estatutário das pensões de velhice do regime geral de Segurança Social.
Confirma, assim, o Polígrafo que o aumento da idade da reforma é o resultado do aumento da esperança média de vida em Portugal, um elemento integrado no fator sustentabilidade. Note que o fator de sustentabilidade consiste num mecanismo de cálculo que tem como principal objetivo fazer refletir o aumento da esperança média de vida na idade de acesso à reforma sem penalizações.
Assim sendo, todos os anos tem de se fazer o cálculo do fator sustentabilidade para apurar se no ano seguinte a idade de acesso à reforma vai aumentar, diminuir, ou permanecer inalterada.
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