As obras de requalificação da Estrada Municipal (EM) 537, um dos principais acessos rodoviários à Praia da Luz, no concelho de Lagos, aguardam autorização do Tribunal de Contas “para avançarem”, disse hoje à Lusa o presidente da Câmara.
A empreitada de requalificação da EM537, troço rodoviário com uma extensão de cerca de cinco quilómetros que liga a Estrada Nacional 125 entre a rotunda das Quatro Estradas e a Praia da Luz, foi adjudicada na reunião do executivo camarário de maioria PS, no dia 04 de março, por 1,6 milhões de euros (ME), com um prazo de execução de 10 meses.
“Aguardamos apenas pelo visto do Tribunal de Contas (TdC) para que a obra possa avançar e, se for célere, os trabalhos iniciar-se-ão antes do verão”, indicou à agência Lusa o presidente da Câmara de Lagos, Hugo Pereira.
De acordo com o autarca, aquela estrada “estava degradada há muitos anos e era alvo de pequenos remendos pontuais” para facilitar a circulação rodoviária.
“Finalmente vamos conseguir requalificar aquela via, obra que estava há muito tempo identificada como necessária e desejada por todos os que utilizam regularmente o acesso à Praia da Luz, sublinhou.
Quanto à eventualidade dos trabalhos coincidirem com a época balnear – período de maior afluência turística à Vila Praia da Luz -, o autarca alegou “não haver forma de evitar essa situação”.
“Atendendo ao prazo para a execução da obra, ou apanhava este verão ou o do próximo ano. De qualquer forma vai sempre causar condicionamentos e transtornos”, frisou.
Na opinião de Hugo Pereira, a recente pandemia de Covid-19 “deixa uma incerteza no que poderá vir a ser o verão e a afluência de turistas, mas as instruções são para que os trabalhos se iniciem assim que for possível”.
“Tentaremos minimizar os impactos naquele acesso, quer para os habitantes quer para os turistas que procuram a Praia da Luz, já que a estrada serve um parque de campismo e zonas turísticas”, apontou.
Hugo Pereira revelou que o projeto para a requalificação da EM537 foi elaborado em 2017, tendo sido aberto um concurso público em 2019 que “ficou deserto, não tendo havido concorrentes para um valor de cerca de 1,5ME”.
“Depois de revista a verba total da empreitada para 1,9ME, e com a retoma económica, surgiram mais concorrentes e a obra acabou por ser adjudicada por pouco mais 1,6ME”, concluiu.