O antigo chefe de Estado afirmou que estará presente na cerimónia do 25 de Abril, por uma “questão de responsabilidade institucional”. Em declarações feitas à Lusa, Ramalho Eanes diz que “discorda da modalidade utilizada” pelo parlamento.
Sabes-se que o convite chegou às mãos do antigo responsável pelo país no domingo, pelas 20:00 horas.
A Assembleia da República decidiu, na semana passada, realizar a sessão solene do 25 de Abril no parlamento com cerca de 130 pessoas, mesmo depois das manifestações contra de alguns cidadãos.
A decisão da conferência de líderes teve o apoio da maioria dos partidos: PS, PSD, BE, PCP e Verdes. Já o PAN defendeu o recurso à videoconferência, a Iniciativa Liberal apenas um deputado por partido, enquanto o CDS-PP – que propôs uma mensagem do Presidente da República ao país – e o Chega foram contra.
Quem anunciou não ir à celebração foi Francisco Rodrigues dos Santos, por considerar “um péssimo exemplo para os portugueses”, tal como avança a Lusa.
O tema tem gerado polémica e manifestações. Foi inclusive realizada uma petição que já conta com cerca de 87.500 assinaturas. Porém, também exista quem defenda as comemorações do dia da liberdade. Outra petição, desta vez a favor, tem 18.700 assinaturas.
Relacionado:
Marta Temido garante que se vão aplicar regras no 25 de Abril
25 de Abril e 10 de Junho devem ser comemorados, afirma Marcelo Rebelo de Sousa
25 Abril: Parlamento estima 130 presenças na sessão solene entre deputados e convidados