A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) iniciou esta quarta-feira o protesto “excesso de prevenção”, que passa por privilegiar a pedagogia em detrimento das multas, como forma de exigirem o aumento do subsídio de risco.
O protesto, a que chamaram “excesso de pedagogia e de prevenção”, foi aprovado na reunião de hoje da direção da ASPP, o maior sindicato da Polícia de Segurança Pública.
“Como forma de luta e de protesto desafiamos os polícias a participarem na ação a que chamamos excesso de pedagogia e excesso de prevenção”, disse à Lusa o presidente da ASPP, Paulo Santos.
Durante este protesto, os polícias vão privilegiar na sua atividade diária de fiscalização e de patrulha a pedagogia e prevenção em vez das multas e das sanções.
Paulo Santos afirmou que esta ação será mais visível nas operações de trânsito e adiantou que não há data para este protesto terminar.
Em causa está o subsídio de risco que o Governo fixou em 100 euros e que se traduz num aumento de 69 euros e que vai começar a ser pago em 2022.
A ASPP, juntamente com a Associação dos Profissionais da Polícia (APG/GNR), exigem o pagamento faseado do subsídio de risco até 2024, defendendo que em janeiro de 2022 seja pago 200 euros, em 2023 aumente para 300 euros e que se fixe em 2024 nos 430 euros.
Dirigentes da ASPP e da APG vão também marcar presença hoje à tarde nas galerias da Assembleia da República para assistir à votação na generalidade da proposta do Governo do Orçamento do Estado para 2022.
O subsídio de risco é uma das principais e mais antiga reivindicação dos polícias e a atribuição deste suplemento estava prevista no Orçamento do Estado deste ano, numa decisão dos partidos da oposição e não do Governo.