A China, o maior consumidor de petróleo do mundo e o país com a maior frota de veículos, ultrapassando os 415 milhões, está a passar por uma transição energética que pode transformar o panorama global do petróleo. De acordo com um relatório recente da China National Petroleum (CNPC), o pico da procura de petróleo no país poderá ocorrer já em 2025, antecipando-se em cinco anos às estimativas anteriores. O estudo prevê que o consumo atinja as 770 milhões de toneladas nesse ano, para depois iniciar uma redução gradual, alcançando 240 milhões de toneladas até 2060.
Paralelamente, o relatório aponta que a capacidade de refinação da China deverá atingir o seu máximo em 2028, enquanto a produção de petróleo bruto estabilizará em cerca de 200 milhões de toneladas anuais até 2035. Já a produção de gás natural poderá atingir 310 mil milhões de metros cúbicos no mesmo período. A eletricidade terá também um papel cada vez mais relevante na matriz energética chinesa, prevendo-se um aumento anual de 1,3 pontos percentuais na sua participação até representar 63% do total em 2060.
Segunda a Executive Digest, esta nova realidade é impulsionada pelo aumento na adoção de veículos elétricos e pela maior utilização de gás natural no transporte de mercadorias. A procura por diesel, por exemplo, atingiu o seu auge em 2019, enquanto o consumo de gasolina registou o pico em 2022.
A transição do petróleo para os veículos elétricos representa um passo crucial rumo à sustentabilidade, reduzindo emissões poluentes e promovendo fontes de energia mais limpas e renováveis. Estas mudanças estruturais têm o potencial de gerar impactos significativos não só na China, mas também no mercado petrolífero global, onde o país tem sido, durante anos, o principal impulsionador do crescimento da procura.
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