Existe um fenómeno raro que ocorre durante dois meses numa ilha no Japão. Trata-se de uma paisagem deslumbrante que pode observar ao longo desta praia, onde a neve e a areia se encontram com o mar em perfeita harmonia, criando um cenário incrível. Parece um filme, mas é realidade, e está quase a chegar o momento ideal para testemunhar este evento único.
Hokkaido, a segunda maior ilha do Japão, é conhecida pelas suas paisagens encantadoras, pelo inverno rigoroso e pelas luxuosas estâncias de esqui. Contudo, a ilha esconde um verdadeiro tesouro natural. Na costa da cidade de Toyokoro, acontece um fenómeno raro que combina a beleza da neve, um mar azul profundo e uma praia quase infinita — criando um contraste único no mundo.
Este espetáculo natural acontece entre janeiro e fevereiro, atraindo turistas de todo o mundo, ansiosos por capturar a praia de Hokkaido com as suas cores distintas. Quando as temperaturas atingem os graus negativos, a foz do rio Takashi congela, formando grandes blocos de gelo que são levados até à costa pelos ventos fortes. Estes blocos ficam espalhados na areia, sendo cobertos pela neve, criando um cenário mágico, conhecido como “gelo de joia”.
O fotógrafo Hisatoshi Matsumura captou este fenómeno no inverno de 2021, e as imagens rapidamente se tornaram virais nas redes sociais. As cores contrastantes dos diferentes elementos da paisagem impressionaram os internautas, com um destes a afirmar: “Este é o paraíso na terra”.
Segundo a Magg, o fenómeno surge apenas nos meses mais frios, quando a neve cobre vastas áreas da região costeira. Para os amantes da natureza, é o destino perfeito para apreciar a magia do inverno em harmonia com a serenidade do mar.
A praia não é acessível de carro, tornando a experiência ainda mais emocionante. A viagem deve ser feita de autocarro ou comboio, ambos oferecendo vistas panorâmicas. Por ser um local quase intocado, não existem serviços de apoio na área. Quem visita Hokkaido também tem a oportunidade de observar focas, águias marinhas e leões marinhos. A praia faz parte do geoparque San’in Kaigan, classificado pela UNESCO desde 2010, uma área de 2.458 quilómetros quadrados que alberga diversos pontos geológicos, rios, vulcões e vegetação rara.
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