Magawa foi condecorado pela sua bravura no Camboja depois de ajudar a salvar vidas. Durante cinco anos, este rato detetou mais de 100 minas e outros explosivos. Magawa ajudou a desminar uma área equivalente a 42 campos de futebol.
Magawa morreu “pacificamente” no passado fim de semana aos oito anos, informou a ONG belga APOPO, a organização não governamental que o treinou.https://cdn.jwplayer.com/players/AeqOVuh8-GEMeJT5X.html
Para detetar TNT em explosivos, a APOPO ensinou-o a arranhar o chão para sinalizar a sua presença aos humanos. Esta técnica permite trabalhar muito mais rápido do que com um detetor de metais. Magawa era um dos ratos africanos gigantes da Tanzânia treinados pela APOPO, tinha cessado atividade em junho.
“Todos nós da APOPO sentimos a perda de Magawa e estamos gratos pelo trabalho incrível que ele fez”, salientou a entidade.
A APOPO informou que Magawa estava bem de saúde e passou a maior parte do fim de semana com o seu entusiasmo habitual, mas começou a mostrar sinais de fadiga, “dormindo mais e com pouco apetite”.
Com projetos na Ásia e em África, a ONG havia treinado o rato recompensando-o com a sua comida favorita, bananas e amendoins.
Em setembro de 2020, Magawa foi premiada com uma medalha de ouro pela British Animal Care Association PDSA (People’s Dispensary for Sick Animals), que anualmente premeia um animal pela sua bravura. Magawa foi o primeiro rato receber o prémio, considerado o equivalente animal da Cruz de Jorge, a mais alta condecoração civil do Reino Unido.
De acordo com a PDSA, entre quatro e seis milhões de minas forma colocadas no Camboja de 1975 a 1998, matando mais de 64.000 pessoas.
COM LUSA
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL