
Dois militares da GNR interpelaram uma prostituta, na berma de uma estrada, e mandaram-na fazer continência.
O momento foi registado num vídeo que circula nas redes sociais e que foi filmado a partir de um veículo daquela força policial. Nas imagens é possível ver o carro da GNR a aproximar-se da mulher e a usar um megafone, pedindo-lhe “sentido”. Quando o carro chega junto da mesma, esta já se encontra em pé a fazer a continência.
Os militares trocam ainda algumas palavras com a prostituta e perguntam-lhe “se o trabalho está a correr bem”, dando depois ordem para que termine a continência e fique” à vontade”, mas não “à vontadinha”.
Em comunicado enviado aos órgãos de comunicação social, a GNR refere que “não se revê, nem tolera a adoção deste tipo de conduta, a qual é contrária aos padrões de atuação dos seus militares e aos princípios fundamentais que norteiam a sua qualidade de agentes de força pública e órgãos de polícia criminal”.
A mesma fonte refere ainda que “tal comportamento cívico se desvia de uma atuação que se exige, em todas as circunstâncias, íntegra e profissionalmente competente, razão pela qual a Guarda, desde que teve conhecimento deste episódio, vem desencadeando um conjunto de diligências tendentes à localização espacial e temporal da ocorrência, bem como à identificação dos possíveis autores, para apuramento das responsabilidades”.
“A Guarda Nacional Republicana continuará a pugnar pela erradicação deste tipo de atos, embora consciente de que se trata de um caso isolado e, por isso, não representativo dos cerca de 23 000 mulheres e homens que, diariamente, fazem da GNR uma instituição prestigiada, de referência e em quem os Portugueses continuam a confiar”, complementa a GNR em comunicado.
A identidade dos militares e da mulher continuam por apurar, bem como o local do sucedido.
SAIBA MAIS EM: GNR já identificou militares que obrigaram prostituta a fazer continência
(Stefanie Palma / Cristina Mendonça)