A Direção Geral de Saúde (DGS) colocou em vigor às 00:00 horas de hoje que os doentes internados com Covid-19 poderão ser tratados com medicamentos da malária e do ébola.
A falta de medicamentos e vacinas autorizados para o tratamento do vírus, levaram à decisão, pela semelhança molecular que existe entre as patologias.
Numa nota publicada, a DGS admite que “considerando o conhecimento científico atual e as recomendações da OMS [Organização Mundial da Saúde], encontram-se em investigação, entre outras, as seguintes estratégias terapêuticas: Remdesivir [usado para o vírus do ébola], Lopinavir/Ritonavir [HIV], e Cloroquina [malária] ou Hidroxicloroquina [malária]”, indica a nota.
Contudo, a utilização destes medicamentos variam. Por exemplo, os doentes internados que apresentem insuficiência respiratória ou evidência radiológica de pneumonia poderão ser tratados com hidroxicloroquina ou cloroquina durante o período de sete dias, sendo este tempo reavaliado depois. A junção do componente lopinavir/ritonavir está em cima da mesa.
Os doentes internados nos cuidados intensivos podem utilizar o medicamento de ébola, o remdesivir.
O “país irmão”, Brasil, anunciou esta quarta-feira que irá utilizar o Cloroquina para tratamento de casos graves de Covid-19. O mesmo já tinha acontecido em países africanos.
A busca pela vacina continua em fase experimental e, até ao momento, só daqui a um ano estará pronta. Esta semana foi anunciado o lançamento de um grande ensaio clínico para testar quatro tratamentos experimentais contra o coronavírus. Está também em fase de testes o Discovery, que deverá incluir 3.200 pacientes europeus em França, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Reino Unido, Alemanha e Espanha.
A pandemia continua a afetar centenas de pessoas diariamente pelo mundo. Portugal tem, segundo os dados divulgados ontem, 2.995 casos de infeção pelo novo coronavírus.
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