As eleições para reitor da Universidade do Algarve vão ser disputadas por Maria Tereza Muniz e pelo atual reitor Paulo Águas, que serão ouvidos em audição pública pelo Conselho Geral da instituição a 17 de novembro, anunciou a universidade.
A audição pública será feita “em regime presencial perante o Conselho Geral”, órgão que elegerá depois o reitor a 18 de novembro, numa primeira eleição, ou a 19, numa segunda volta, se necessária, segundo o calendário estabelecido para o processo de escolha do novo reitor.
Paulo Águas, eleito para um primeiro mandato em 2017, tem como rival na recandidatura ao cargo a brasileira Maria Teresa Muniz, cuja carreira está ligada à Universidade Federal de Pernambuco, no Brasil.
Maria Teresa Muniz será ouvida no grande auditório do campus de Gambelas, em Faro, a partir das 11:00, enquanto Paulo Águas, que se recandidata ao cargo, comparecerá perante o Conselho Geral a partir das 15:00, precisou a Universidade do Algarve (UAlg) numa nota publicada no ‘site’ da instituição.
Segundo a UAlg, as audições são feitas de acordo com a “ordem de entrada das respetivas candidaturas”.
Licenciado em Economia pela Universidade Nova de Lisboa, Paulo Águas conta com um mestrado em Gestão e pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa e um doutoramento em Gestão, especialidade em Marketing, pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa – Instituto Universitário de Lisboa.
Foi professor coordenador na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da UAlg até ser eleito como reitor.
Maria Teresa Muniz é licenciada em Farmácia pela Universidade de Pernambuco, na qual é docente e investigadora, tem um mestrado em Fisiologia pela mesma instituição e doutoramento em Biologia Molecular pela Universidade Federal de São Paulo, estando o seu trabalho ligado à medicina e genética humana.
O processo para eleger o reitor da UAlg para um novo mandato de quatro anos foi lançado em julho, com um edital assinado pela presidente do Conselho Geral da universidade, a médica e antiga ministra da Saúde Ana Jorge.
O reitor da universidade “deve ser uma personalidade de incontestável prestígio académico com experiência no exercício de funções de direção” em instituições de ensino superior ou investigação, sublinhou então a instituição.
A mesma fonte esclareceu que podem candidatar-se ao cargo professores e investigadores da UAlg ou de outras instituições, nacionais ou estrangeiras, de ensino universitário ou de investigação, “em exercício efetivo de funções e que não se encontrem abrangidos por qualquer inelegibilidade ou incompatibilidade previstas na lei”.
A pessoa a desempenhar o cargo deverá também possuir uma “visão estratégica adequada à prossecução de uma política de desenvolvimento da Universidade do Algarve, nos termos dos princípios e valores consagrados nos estatutos da universidade”, acrescentou.
O reitor, órgão superior de governo e de representação externa da universidade, é eleito pelo Conselho Geral para um mandato de quatro anos, exercendo as suas funções “em regime de dedicação exclusiva”.
O Conselho Geral da UAlg tem 35 membros, com 18 representantes dos professores e investigadores, seis dos estudantes e um dos funcionários não docentes, aos quais se somam 10 “personalidades externas, de reconhecido mérito, com conhecimentos e experiência relevantes para a academia”, entre os quais é escolhido um para presidente.
O atual reitor, Paulo Águas, foi eleito à segunda volta em novembro de 2017, tendo sido o primeiro professor do subsistema politécnico na história da instituição a candidatar-se e a ser eleito para o cargo.