Luís Villas-Boas deixou de exercer o cargo de Diretor executivo do Refúgio Aboim Ascensão, em Faro, no passado sábado, dia 3 de junho, tendo sido substituído por Carla Pragana, que até aqui ocupava o segundo lugar na hierarquia da instituição.
Reconhecido pelo seu trabalho, que projetou o nome do Refúgio como marca reconhecida internacionalmente no acolhimento proteção de crianças em situação de risco, vítimas de abandono, negligência e de maus tratos, Luís Villas-Boas, que completou 80 anos no dia em que cessou funções executiva, vai manter-se, no entanto, como conselheiro da instituição.
O Refúgio Aboim Ascensão, em Faro, fundado em 1933 por Manuel Sande Lemos, começou por ser um lactário, em precárias instalações de uma antiga vacaria, de apoio a mães solteiras. Atualmente, é um dos mais modernos, funcionais e considerados centros de acolhimento de crianças existentes em Portugal.
Quando em 1985 assumiu a direção do Refúgio, confrontado com as precárias condições da antiga vacaria, foi aos poucos abrindo portas e boas vontades, do Estado e de particulares, reunindo os meios que transformaram por completo aquela velha casa.
Hoje acolhe em média, cerca de uma centena de crianças até aos oito anos de idade. Crianças que vão deixando a sua marca nos braços e no coração de quem as acolhe e lhes dá um colo.
Atualmente, por legislação em vigor, perdeu a capacidade de intervenção direta na adoção de crianças, mas continua a trabalhar neste processo em articulação com as instituições do Estado, da Segurança Social, Educação e Justiça.