A cabeça de Diogo Gonçalves, de 21 anos, foi encontrada perto de um lado no Pego do Inferno, em Tavira. Na mesma altura, o corpo decapitado e amputado de membros era resgatado da base de uma arriba junto à Fortaleza de Beliche, na outra ponta da região, em Sagres, a cerca de 150 quilómetros de distância. O crime ocorreu entre os dias 20 a 25 de março.
As detidas, Maria Malveiro, de 19 anos, e Mariana Fonseca, de 23 anos, são as suspeitas da prática dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver. As duas já confessaram o macabro crime e estão detidas.
As presumíveis assassinas pediram para ficar na mesma e cela o pedido foi aceite, segundo noticia a TVI. Sabe-se ainda que ambas confessaram que o crime foi inspirado numa série policial.
Os dedos de Diogo Gonçalves foram cortados por Maria Malveiro e Mariana Fonseca para conseguirem aceder ao telefone do jovem de 21 anos e, posteriormente, à sua conta bancária. A morte do jovem aconteceu por asfixia provocada por Maria.
Maria Malveiro era segurança numa empresa e terá prestado serviço na unidade hoteleira onde trabalhava Diogo Gonçalves. Terão chegado a manter uma relação amorosa no passado, mas nunca assumido por ambos.
Atualmente, Maria e Mariana Fonseca, enfermeira no Hospital de Lagos, mantinham uma relação amorosa, viviam juntas e terão planeado extorquir mais de 70 mil euros que a vítima recebeu de uma indemnização pela morte da mãe, que tinha sido atropelada mortalmente no dia 2 de julho de 2016, na zona de Guia, concelho de Albufeira.
António Madureira, diretor da PJ de Faro, realçou ao POSTAL que o trabalho foi feito “num período de enormes restrições, ao qual os investigadores souberam dar a resposta a um crime que chocou toda a comunidade, num excelente trabalho de equipa entre Portimão e Faro”.
As duas mulheres foram apresentadas ao Tribunal de Portimão para serem ouvidas em primeiro interrogatório judicial. A aplicação das medidas de coação levou à prisão preventiva das duas suspeitas confessas.
Segundo a PJ, as detidas “estão social e familiarmente inseridas na sociedade e não têm antecedentes criminais”. Uma delas é filha de um militar da GNR que presta serviço no Algarve. Os familiares e amigos das detidas estão em choque com o crime.
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