O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde determinou a suspensão imediata da distribuição do lote 24020991 do medicamento Lacosamida Hikma, 10 mg/ml, solução para perfusão, com validade até abril de 2026. A medida foi tomada após a deteção de partículas visíveis no produto, o que levou a Hikma Farmacêutica (Portugal), S.A. a iniciar um processo de recolha voluntária.
Medidas determinadas pelo Infarmed
A decisão foi comunicada através de uma circular informativa, onde se especificam as medidas a serem seguidas pelas entidades de saúde. Segundo o Infarmed, todas as unidades deste lote devem ser retiradas de circulação, ficando proibida a sua venda, dispensa ou administração. As entidades que possuam este medicamento em stock devem proceder à devolução.
Relativamente aos doentes, o Infarmed alerta que não devem interromper o tratamento por conta própria. Recomenda-se que os pacientes procurem um médico ou farmacêutico para avaliar a necessidade de substituição por outro lote ou medicamento equivalente.
Lacosamida: o que é e para que serve?
A lacosamida é um medicamento utilizado no tratamento da epilepsia, indicado para crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária. Pode ser administrado isoladamente (monoterapia) ou como terapêutica adjuvante, sendo indicado para adultos, adolescentes e crianças a partir dos quatro anos de idade.
O lote afetado refere-se à versão solução para perfusão, utilizada em ambiente hospitalar ou quando a administração oral não é possível.
Riscos associados e precauções
A presença de partículas visíveis num medicamento injetável pode representar um risco para os doentes, uma vez que, quando administradas por via intravenosa, podem causar inflamações, obstrução de vasos sanguíneos ou complicações infecciosas.
Apesar da recolha preventiva, não foram reportados casos de reações adversas associadas a este lote específico da Lacosamida Hikma.
Como proceder?
Dado que se trata de um medicamento de uso hospitalar, os profissionais de saúde e unidades hospitalares são os principais responsáveis por garantir a remoção e devolução do lote afetado, como explica a Executive Digest.
Os doentes que estejam a utilizar este medicamento devem:
- Não interromper o tratamento por iniciativa própria.
- Consultar um médico ou farmacêutico para substituir o medicamento por um lote seguro ou encontrar uma alternativa terapêutica.
O Infarmed mantém-se a acompanhar a situação e reforça a importância da vigilância contínua para garantir a segurança de medicamento disponibilizados à população.
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