Os enfermeiros dos três Agrupamentos de Centros de Saúde do Algarve vão fazer greve nos dia 22 e 23 de agosto. A principal razão é “o descongelamento de progressões”, avança o Sindicato de Enfermeiros Portugueses (SEP).

“A Administração Regional de Saúde (ARS) está a contabilizar de forma errada os pontos para efeitos de progressão prejudicando os enfermeiros em uma ou até duas posições remuneratórias. Perdeu avaliações do desempenho de vários enfermeiros e não assume a responsabilidade”, refere o sindicato em comunicado
Segundo o sindicado, a ARS Algarve “não responde a mais de 100 reclamações escritas, impedindo a sua defesa, ignora a carreira de enfermagem e contradiz informação veiculada anteriormente pelos próprios recursos humanos, e despreza anos de serviço, colocando enfermeiros com 15 ou mais anos de serviço no nível remuneratório de recém-formados”.
Os enfermeiros exigem “a contabilização correta de pontos para a justa progressão, a revisão dos mapas de pessoal para admissão de 150 enfermeiros, de acordo com as dotações seguras, e consequente abertura de concurso, o pagamento em atraso, desde 2016, de mais de 1000 horas e mais de 10 mil euros de trabalho extraordinário aos enfermeiros da Unidade de Desabituação do Algarve/DICAD”.
Estes profissionais de saúde querem “uma solução urgente para as unidades onde já finalizaram e irão a finalizar as comissões de serviço de enfermeiros em chefia e a integração desses colegas na categoria de especialista” e que “acabe com a imposição das 40 horas semanais e com a chantagem de não pagamento de incentivos financeiros nas USF modelo B”.
“É incompreensível que o Conselho Diretivo desta ARS, nomeado pelo mesmo Governo que descongelou as progressões, devolveu as 35 horas e assumiu pagar as horas em dívida aos enfermeiros, se assuma como força de bloqueio e vá contra o que foi conquistado pelos trabalhadores”, remata o sindicato.
(CM)