O Governo russo e as principais cadeias de supermercados a operar na Rússia chegaram este sábado a um acordo para o racionamento de alimentos no país.
De acordo com uma fonte do Ministério do Comércio, citada pelo The New York Times, passa a haver restrição da quantidade de alimentos que cada cliente pode comprar.
O objetivo é evitar o açambarcamento, numa altura em que tem havido uma corrida aos multibancos e aos supermercados um pouco por todo o país.
Os russos temem o impacto que as sanções ocidentais possam ter na economia do país.
Zelensky e Biden discutem sanções contra a Rússia
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou este sábado ter falado por telefone com o homólogo norte-americano, Joe Biden, para discutir o apoio financeiro dos EUA à Ucrânia e sanções contra a Rússia.
Zelensky escreveu na rede social Twitter que recebeu uma chamada de Biden, “como parte de um diálogo contínuo”, para discutir “questões de segurança” e as “sanções contínuas” à Rússia pela invasão da Ucrânia.
A Casa Branca confirmou que os dois líderes tiveram uma conversa telefónica durante mais de 30 minutos, sem adiantar pormenores.
Zelenksy acrescentou ter também falado novamente com o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, que se encontrou-se, no sábado, em Moscovo, com o Presidente russo, Vladimir Putin, para discutir a situação na Ucrânia.
“Bennett ligou-me após a reunião com Vladimir Putin. Continuamos o diálogo”, escreveu no Twitter o Presidente ucraniano, que é também judeu.
Bennett é um dos líderes mundiais que ainda não condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia, sublinhando as boas relações que Israel mantém com os dois países em guerra.
O Estado judaico entregou ajuda humanitária à Ucrânia, mas mantém laços com a Rússia, de forma a garantir que a aviação israelita e russa não entram em conflito na vizinha Síria, referiu a agência de notícias Associated Press (AP).
A Ucrânia pediu mesmo que Bennett desempenhe funções de mediador no conflito, indicou, por sua vez, a agência de notícias France-Presse (AFP).
Em Jerusalém, o gabinete de Bennett adiantou que o encontro com Putin terminou ao fim de duas horas e meia de discussão, mas o porta-voz do primeiro-ministro israelita disse depois que a reunião prosseguia, enquanto o Kremlin confirmou que o encontro em Moscovo serviu para discutir a situação na Ucrânia.
Bennett é o primeiro dirigente estrangeiro a visitar a Rússia desde o início da invasão russa da Ucrânia. Também o primeiro-ministro paquistanês esteve em Moscovo no dia seguinte ao início da guerra, mas numa visita há muio prevista.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL, com Lusa