A GNR abriu um processo disciplinar interno a um militar do Posto de Nisa (Portalegre) detido por insubordinação e desobediência, após apresentar-se ao serviço alcoolizado, e comunicou os factos ao Departamento de Investigação e Ação Penal.
“A Guarda Nacional Republicana confirma a detenção de um militar da GNR de 21 anos, no dia 15 de agosto, no Posto Territorial de Nisa, pela prática dos crimes de insubordinação e desobediência”, assume num esclarecimento hoje divulgado.
A nível interno, “foi aberto um processo disciplinar ao militar e foi solicitado ao Centro Clínico da Guarda uma avaliação e o acompanhamento psicológico/psiquiátrico deste militar”, diz a força de segurança.
Todos os factos foram participados e comunicados ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) pelo comandante de Destacamento Territorial de Nisa, destaca a Guarda.
A detenção do militar aconteceu “na sequência de se ter apresentado para o serviço de patrulha, entre as 08:00 e as 16:00, acusando uma taxa de alcoolemia de 1,19 g/l, comprovada por aparelho quantitativo”, pode ler-se no esclarecimento da GNR.
A resposta da GNR surge após uma notícia publicada hoje no jornal Correio da Manhã (CM) com o título “Suspeitas de tortura em posto da GNR de Nisa”.
Segundo a GNR, ”o militar, quando confrontado com o resultado do teste em causa, apresentou um comportamento desajustado, alterado e tentou destruir as provas, nomeadamente o registo e resultado do teste de alcoolemia”, e foi “detido pelo crime de insubordinação e desobediência perante os seus superiores hierárquicos”.