Nos últimos tempos, o óleo de palma tem sido tema na imprensa e alvo de estudo por parte de muitos nutricionistas. Presente em alimentos, como gelados, batatas fritas, pão de forma, margarinas e até em produtos, nomeadamente desodorizantes e sabonetes, o óleo de palma pode ser um perigo para a saúde cardiovascular daqueles que o consomem.
Ainda que o óleo de palma seja rico em vitaminas A e E, o seu elevado teor de gorduras saturadas tem suscitado controvérsias relativamente ao seu uso na alimentação, levando a reformulações na indústria alimentar e à exigência de que este ingrediente seja mencionado nos rótulos dos produtos.
Refere a NiT que a Organização Mundial da Saúde e a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (AESA) já emitiram vários alertas sobre o potencial cancerígeno deste óleo quando refinado a temperaturas superiores a 200 graus, o que deixou muitos consumidores preocupados e colocou a indústria alimentar europeia sob pressão.
Uma das maiores preocupações está na Nutella, um creme de chocolate que integra óleo de palma na sua receita. A empresa responsável pela produção da Nutella diz que o óleo de palma ajuda a garantir a textura suave, assim como a durabilidade do produto, e “recusa-se” a substituir este ingrediente por um outro que não constitua um perigo para a saúde dos consumidores.
A Ferrero vai mais longe e diz que se substituísse o óleo de palma por óleo de girassol na Nutella, estaria a alterar as características do produto e a promover uma queda significativa ao nível das vendas. O gerente de compras da Ferrero, em declarações à Reuters, refere até que a substituição do óleo de palma “seria um retrocesso”.
Em entrevista à NiT, a nutricionista Filipa Costa destaca que o óleo de palma “é uma gordura em que cerca de 50 por cento da sua composição é saturada, algo prejudicial para a saúde e que aumenta o risco de doenças cardiovasculares”.
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