Gravações inéditas de Michael Jackson, incluindo 12 canções nunca antes lançadas, foram encontradas num depósito de armazenamento na cidade de Van Nuys, nos Estados Unidos. As fitas foram descobertas pelo ex-agente Gregg Musgrove, após um sócio ter adquirido o espaço, que anteriormente pertencia ao produtor musical Bryan Loren. Loren, conhecido por ter colaborado com artistas como Whitney Houston e Sting, está atualmente desaparecido, segundo o Terra.
Entre os materiais encontrados estão 12 fitas cassete e gravações em formato digital (DAT), contendo músicas criadas antes do lançamento de Dangerous, álbum de Jackson de 1991, indicado ao Grammy. Contudo, qualquer possível lançamento das faixas enfrenta obstáculos legais significativos. De acordo com um advogado contratado por Musgrove, o espólio de Michael Jackson, que administra o seu legado, detém todos os direitos autorais sobre as gravações, inviabilizando a divulgação pública ou comercial do material.
Gregg Musgrove pretende leiloar as fitas, estimando arrecadar valores na ordem dos sete dígitos. Está confiante de que o interesse de colecionadores e admiradores de Michael Jackson será elevado, mesmo que as músicas continuem inacessíveis ao público em geral.
Discussões criativas e canções inéditas
Algumas das fitas incluem registos da voz de Michael Jackson e Bryan Loren, aparentemente durante discussões sobre o processo criativo e a produção musical. “Ouvir Michael Jackson falar e brincar foi realmente incrível”, revelou Gregg Musgrove ao Hollywood Reporter, sublinhando o valor histórico das gravações.
Entre as faixas destacadas encontra-se uma intitulada Don’t Believe It, que parece aludir aos rumores envolvendo alegações de abuso sexual contra Jackson. Outra canção, Truth on Youth, aparenta ser um dueto de rap entre o cantor e LL Cool J, um nome importante da cena hip-hop.
Obstáculos legais e o futuro das fitas
A descoberta gerou entusiasmo entre os fãs de Michael Jackson, mas a impossibilidade de divulgação comercial das gravações limita o acesso público ao material. Especialistas apontam que o espólio do artista mantém um controlo rigoroso sobre a sua obra, algo que tem sido característico desde a sua morte em 2009.
O futuro das fitas permanece incerto, mas a descoberta reforça o impacto duradouro de Michael Jackson na música e a contínua procura por materiais inéditos que possam oferecer um vislumbre do génio criativo do Rei da Pop.
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