RESGATE
37 PESSOAS
11 DE DEZEMBRO 2021 | A 55 MILHAS DA COSTA, ENTRE TAVIRA E VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
Foto D.R. Marinha
Um navio da marinha mercante alertou o o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa) para uma embarcação à deriva a 55 milhas náuticas da costa portuguesa, entre Tavira e Vila Real de Santo António. A Marinha levou a cabo uma operação de resgate e encaminhou as 37 pessoas para Portimão. Por estar em causa um resgate e não um desembarque, que pressupõe uma entrada não autorizada em território nacional, o tratamento jurídico é diferente.
♦ ♦ ♦
DETENÇÃO
3 HOMENS
29 DE MARÇO 2021 | VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
O grupo foi encontrado e detido no centro da cidade, horas depois de as autoridades terem sido alertadas para uma embarcação abandonada na praia de Santo António.
♦ ♦ ♦
DESEMBARQUES
28 PESSOAS
16 DE SETEMBRO DE 2020 | ILHA DESERTA
O grupo era composto por 24 homens, três mulheres, uma delas grávida, e um menor. Foi a primeira vez que havia mulheres a bordo. Dias depois, 17 deles escaparam de um quartel de Tavira, onde estavam a aguardar a aplicação de ordem judicial e onde faziam quarentena, pois três deles estavam infetados com covid-19.
♦ ♦ ♦
21 HOMENS
21 DE JULHO DE 2020 | ILHA DO FAROL
Foram intercetados pelas autoridades portuguesas junto à ilha do Farol, em Faro, vindos do norte de África. Ficaram instalados no Estabelecimento Prisional do Linhó, em Sintra. Na altura, os centros de instalação temporária do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras estavam sobrelotados, justificaram assim as autoridades esta transferência dos migrantes para uma prisão.
♦ ♦ ♦
22 HOMENS
15 DE JUNHO DE 2020 | PRAIA DE VALE DO LOBO
Foram detetados durante a madrugada ainda antes de chegarem ao destino. Foram presentes ao Tribunal Judicial de Loulé, “tendo-lhes sido aplicada a medida de coação de instalação em Centro de Instalação Temporária para afastamento de território nacional no âmbito do processo de expulsão por entrada e permanência irregular”.
♦ ♦ ♦
7 HOMENS
6 DE JUNHO DE 2020 | OLHÃO
Um barco com origem em El Jadida trazia sete pessoas a bordo. Tratava-se de um grupo só de homens, com idades entre os 20 e os 30 anos, que foi acolhido pelo Conselho Português para os Refugiados. Todos pediram para serem acolhidos. “Ainda estão à espera para serem ouvidos e aguardam a decisão sobre os pedidos. Mas as audiências já estão marcadas”, garantia o SEF em junho.
♦ ♦
11 HOMENS
29 DE JANEIRO DE 2020 | ILHAS DA ARMONA E CULATRA
Um novo barco com 11 marroquinos a bordo chegava ao Algarve. Saíram também de El Jadida e desembarcaram entre as ilhas da Armona e da Culatra. Uma vez mais, marroquinos e com idades entre os 21 e 30 anos. “No dia seguinte à chegada já oito tinham desaparecido, não estariam em Portugal”, confirmou o SEF. Nenhum deles chegou a ser ouvido em tribunal. Os outros três pediram asilo mas foi recusado.
♦ ♦ ♦
8 HOMENS
10 DE DEZEMBRO DE 2019 | MONTE GORDO
Selfie do grupo tirada durante a travessia. Queriam chegar a Espanha, mas desembarcaram em Monte Gordo em dezembro de 2019. Foto D.R.
O primeiro barco de madeira partiu de El Jadida na noite de 8 de dezembro, um domingo. Oito homens (um de 16 anos, outro de 18, dois de 19, outro de 21, dois de 22 e um de 26) fizeram a viagem com sete bidões de combustível, um bote redondo, pouca comida (10 quilos de maçãs e cinco de amêijoas), mochilas com uma muda de roupa para cada um e barbatanas. Fizeram a travessia na velha embarcação, apenas com um GPS “fraquinho”. Pouco mais de dois dias depois chegaram à Praia de Monte Gordo.
Todos eles quiseram pedir asilo em Portugal. Apenas um, o jovem de 16 anos, teve o pedido aceite. Os restantes foram recusados e entretanto cinco homens estão desaparecidos enquanto dois recorreram da decisão do tribunal, informa o SEF.
1943/2021: como o mar que ia dar a Marrocos veio dar a Portugal
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL