
A polícia judiciária (PJ) deteve hoje cinco inspetores da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) por suspeita do crime de corrupção passiva, disse à agência Lusa fonte ligada ao processo.
A mesma fonte adiantou que os atos de corrupção estão relacionados com ações de fiscalização.
A operação da PJ incidiu sobre a atuação de elementos da delegação Sul da ASAE.
Segundo anunciaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Judiciária, esta terça-feira, na sequência de uma operação levada a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção, chamada ‘Operação Iceberg’, foram detidos cinco homens “fortemente indiciados pela prática de crimes cometidos no exercício de funções públicas, designadamente, de corrupção passiva para ato ilícito”.
“Está em causa a suspeita de transmissão de informações privilegiadas a proprietários e trabalhadores de estabelecimentos comerciais, designadamente de restauração, recebendo contrapartidas monetárias e outros tipos de gratificações”, pode ler-se num comunicado enviado hoje pelas referidas entidades.
A operação – que decorreu, esta terça-feira, em Lisboa, Vila Franca de Xira, Amadora, Cacém e Fernão Ferro – visou ainda a execução de sete mandados de busca domiciliária que permitiu a recolha “elementos probatórios relacionados com a prática criminosa sob investigação”.
A operação contou ainda com a participação de cerca de 40 inspetores e peritos da Polícia Judiciária.
Os cinco detidos serão presentes à autoridade judiciária titular do inquérito, no DIAP Regional de Lisboa – 1.ª Secção, amanhã, para o primeiro interrogatório judicial.
“A investigação, que se encontra em segredo de justiça, prossegue agora no sentido de apurar a dimensão cabal das situações de benefício ilícito e das respetivas contrapartidas desta prática criminosa e, bem assim, da existência de outros comparticipantes”, adianta ainda a referida nota.