Quer seja numa refeição a sós, ou num almoço de amigos ou até mesmo num jantar romântico, o vinho assume-se várias vezes como uma peça essencial. No entanto, a hora de escolher o vinho para a refeição é determinante, já que a qualidade deste pode influenciar o momento de partilha com amigos, com a cara-metade ou até conosco mesmos. Vai perceber que as garrafas de grande formato nem sempre vão servir apenas para momentos com muitas pessoas.
Os enólogos da CARMIM (Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz) revelam à NiT que o formato da garrafa pode influenciar a qualidade do vinho e o motivo está relacionado com algo tão simples como o ar. É que o oxigénio assume um papel fulcral no processo de envelhecimento do vinho. No entanto, “quando [o oxigénio] é em excesso pode levar à oxidação, o que pode ser muito prejudicial”, explica Rui Veladas, diretor de produção e enólogo CARMIM, em declarações à NiT.
Assim sendo, há que encontrar um equilíbrio no que diz respeito à quantidade de oxigénio. Enquanto uma garrafa de vinho normal, de 0,75 litros, apresenta uma relação desiquilibrada entre o oxigénio (presente no pequeno espaço de ar entre o vinho e a rolha) e o volume de vinho; uma garrafa de maior volume, de 1,5 ou 3 litros, apresenta uma relação bem mais equilibrada.
“Embora ambas as garrafas tenham uma quantidade semelhante de oxigénio no gargalo, as maiores contêm o dobro da quantidade de vinho, o que significa que cada unidade está exposta a menos oxigénio”, avança a NiT. Quanto à estabilidade da temperatura, as garrafas maiores também saem a ganhar, visto que, quanto maior o volume, maior a massa térmica, o que significa que as garrafas maiores estão menos suscetíveis às mudanças de temperatura.
Deste modo, o enólogo da CARMIM, Rui Veladas, conclui que “a escolha de uma garrafa de maior volume é uma decisão que pode melhorar a qualidade, a complexidade e a experiência geral de consumo”.
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